A coluna foi checar rumores de que a Herval estaria levando sua indústria - e cerca de 2,5 mil empregos em Dois Irmãos - para o Nordeste. O diretor-presidente, Agnelo Seger, tranquilizou a todos:
- Não tem essa de fechar indústria, já temos notícias ruins demais no Rio Grande do Sul. Representamos 60% da arrecadação de Dois Irmãos, e sabemos o tamanho de nossa responsabilidade.
Seger esclareceu que a empresa está concluindo uma unidade fabril de R$ 60 milhões em Pernambuco - a primeira fora do Estado - por questões logísticas: - Os Estados do Nordeste estão crescendo mais do que nós aqui no Sul, e como temos produtos em que a logística impacta o preço, ou íamos para lá ou perderíamos esse mercado. O custo extra de frete seria 35% ou mais.
Enquanto em Dois Irmãos são 138 mil metros quadrados, em Pernambuco a área é de 37 mil metros quadrados, informa Seger, argumentando que seria impossível redirecionar toda a produção local.
O empresário destaca que a nova unidade é de "classe mundial", com tecnologia de sete países - Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos, Inglaterra, Itália e Japão. Há um ano, 60 pernambucanos estão morando em Dois Irmãos, e a partir de setembro, quando entra em operação a nova unidade, passarão a ser os multiplicadores da cultura da empresa.
- A planta está prontinha, linda e maravilhosa - afirma.
A Herval hoje é um grupo de uma dezenas de empresas, da indústria ao varejo, passando por serviços. No total, emprega quase 7 mil pessoas. Seger admite que há "ajustes" de pessoal, provocados pelo cenário econômico, mas que há preocupação em preservar todo o efetivo.