Embora as lâmpadas sejam as menores entre os vilões no consumo, priorize as de led no lugar de elétricas e até das fluorescentes. Cinco lâmpadas de led no lugar de cinco fluorescentes rendem uma economia de R$ 10 na conta de luz.
Quando for passar alguns dias fora, desligue os eletrônicos da tomada. Mesmo no modo stand by, conversores de TV a cabo ou aparelhos de som podem consumir 80% da energia que utilizariam ligados. Por isso, considere também desligar aparelhos que não use com frequência.
Evite deixar carregadores ligados nas tomadas quando não estiverem em uso, e desconecte seu tablet ou smartphones assim que a bateria for completa. Quando estão na tomada, esses dispositivos aceleram em dois terços o gasto com energia.
Com chuveiros, geladeiras e máquinas de secar, é o vilão da conta de luz. Condicionadores de ar velhos gastam mais energia do que os novos splits - a diferença na conta pode ser de cerca de R$ 15 por aparelho. Cada vez que é ligado ou tem potência alterada, o ar-condicionado suga mais energia do que enquanto está funcionando. Por isso, vale a pena deixá-lo funcionando mesmo quando sair por 15 ou 20 minutos do ambiente.
Não gaste luz dos eletrodomésticos à toa. Se for abrir a geladeira, por exemplo, saiba de antemão o que vai pegar e separe tudo de uma só vez. E se for ligar a secadora de roupa, use a máquina lotada, aproveitando ao máximo o calor que será gerado. Nos refrigeradores, deve-se evitar colocar comida nas saídas do fluxo de ar, para garantir a boa distribuição de ar frio dentro do aparelho, sem forçar demais o compressor. Na hora de comprar eletrodomésticos, fique de olho nas etiquetas. Aparelhos com a classificação "A" são os mais eficientes em consumo de luz; os "E", os menos. Conforme Guilherme Soares, da Whirlpool, um refrigerador classificado como "A" gasta até 18,6% menos energia do que um "C".
Instalar tecnologia de captação solar em casa pode demandar investimento elevado, mas compensa com o tempo. O investimento fica em torno de R$ 20 mil, e se paga em cerca de oito anos. A estrutura da casa pode ser uma aliada no combate aos gastos excessivos. Usar tintas claras nos ambientes que você irá usar com mais frequência, como quartos e sala, ajuda na iluminação e pode dispensar uso de luz elétrica durante o dia. Em um projeto arquitetônico, priorize aberturas de janelas maiores e tetos transparentes de acrílico ou vidro em áreas de lazer.
Não fosse por um enérgico combate ao desperdício, Sérgio Paludo teria levado um susto ao abrir a conta de luz de maio. O consumo na casa do morador de Canoas, na Região Metropolitana, caiu quase 40% em relação a um ano atrás, mas a fatura ficou mais cara: passou de R$ 127,58 para R$ 134,93.
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A conta abarcou o vultoso aumento de 45% na tarifa para clientes da AES Sul, e - o golpe de misericórdia - mais R$ 5,50 na bandeira tarifária (taxa para compensar as geradoras por acionar termelétricas quando reservatórios de água estão em baixa).
- Quando as tarifas dispararam, no início do ano, chamei os (três) filhos e disse: se não economizarmos com luz, vamos ter de cortar em outras coisas,como lazer. Todos pegaram junto - lembra Paludo.
A família do consultor de empresas adotou como hábito tirar os eletrônicos da tomada quando estiverem fora de uso e se desfez de um freezer que era pouco aproveitado. Agora, carnes e congelados ficam na geladeira.
Passado o verão - e o inevitável gasto com ar condicionado -, os gaúchos começam a tomar pé de como o tarifaço pesará no dia a dia. A AES teve um dos maiores reajustes do Brasil, mas outras prestadoras que atuam no Estado não ficaram muito para trás.
- O custo da energia disparou porque chove pouco no Sudeste desde o ano passado, e as geradoras que captavam energia de fontes hídricas precisam acionar termelétricas, que são mais caras. Além disso, as pessoas nunca tiveram tantos eletrodomésticos em casa, o que pressiona o consumo de energia em um momento de escassez - explica Odilon Duarte, professor do curso de Engenharia Elétrica da PUCRS.
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A boa notícia, acrescenta, é que este último verão foi mais ameno do que os anteriores, com menos dias de calor escaldante. E, com eletrodomésticos mais econômicos e pequenas mudanças de hábito no cotidiano, como fez Paludo, também é possível amortecer o golpe nos meses frios.
- O consumidor está cada vez mais atento à economia doméstica e a questões ambientais. A compra de um re-frigerador mais econômico em relação a outro que utiliza mais energia, por exemplo, pode reduzir o gasto com esse aparelho em mais de 18% - exemplifica Guilherme Soares, diretor de Serviços, Qualidade e Atendimento ao Consumidor da Whirlpool Latin America, detentora das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid.
Como reduzir o consumo
Se for considerado apenas o custo da energia, o gás é mais vantajoso. No entanto, o banho com o último consome muito mais água - 12 litros por minuto, ante 7 litros por minuto no chuveiro elétrico, que tem limite de vazão. Conforme o engenheiro elétrico Odilon Duarte, a soma de todos custos torna o banho mais barato com chuveiro elétrico.
Por falar em banho, muita gente liga o chuveiro minutos antes para criar aquela névoa e aquecer o banheiro. Prática cara: é mais vantajoso usar um aquecedor elétrico, que consome 10 vezes menos energia.
A situação é inversa para fornos elétricos e cafeteiras: é mais barato aquecer o alimento ou a bebida em fogão a gás.