O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros (Selic) para 13,25% ao ano, uma alta de 0,5 ponto percentual. É a quinta alta seguida da taxa, que atinge o maior patamar desde janeiro de 2009, quando estava em 13,75% ao ano. Na última correção, em março, o Copom havia elevado a Selic para 12,75%.
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Entre as razões que explicam a elevação está a perspectiva de alta da inflação. A taxa é o principal instrumento do BC para manter a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sob controle. O Copom estabelece, oficialmente, a meta em 4,5%, com tolerância de dois pontos, podendo chegar a 6,5%.
No último Relatório de Inflação, porém, o próprio BC admitiu que 2015 deve terminar com o índice em 7,9%. Neste ano, a inflação está sendo pressionada pelos aumentos nos preços de energia e combustíveis.
A decisão do Copom foi unânime em um momento delicado na economia brasileira. Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo.
De acordo com o boletim Focus, analistas econômicos projetam contração de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) - que é a soma dos bens e serviços produzidos pelo país - em 2015.
Qual a influência da Selic
A Selic serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, é contido o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando se reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
Confira a nota divulgada pelo BC após a reunião:
"Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,5 p.p., para 13,25% a.a., sem viés".
* Zero Hora com Agência Brasil