Não são só especialistas que estão cautelosos sobre o futuro de um investimento de US$ 2,7 bilhões em Candiota. No governo do Estado, há muita torcida, mas também consciência de que o protocolo de intenções assinado ontem no Palácio Piratini só assinala a disposição, por meio da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), de fornecer - leia-se vender - o carvão necessário.
O projeto da Transgas Development, empresa com sede em Nova York, é ambicioso, mas conta com parceiras de peso, como da ThyssenKrupp, que ontem confirmou à coluna disposição para fornecer o equipamento caso o projeto evolua. A ideia é transformar o mineral em gás, por meio de um processo químico, sem combustão, e extrair amônia e ureia para uso como fertilizantes.
- É uma questão embrionária, ainda há um longo caminho a ser percorrido - afirmou o presidente da CRM, Edivilson Brum.
Lucas Redecker, secretário de Minas e Energia, pondera que o fato de quase todo fertilizante usado no Brasil ser importado abre uma janela de oportunidade para o negócio. Mas reforça que o protocolo marca o início do esforço conjunto entre o governo gaúcho e empresa para dar viabilidade ao projeto:
- O Estado está se comprometendo com o fornecimento futuro de carvão. Vamos debater daqui para a frente, como podemos ajudar.