Existe uma brincadeira que diz mais ou menos assim: se você quer ganhar dinheiro mesmo, crie ou entre numa empresa de petróleo. Não tem como dar errado. Ou não tinha, como pode se ver agora com o inferno astral vivido pela maior companhia do Brasil, que vem se arrastando há um bom tempo, mas, neste momento, parece ter chegado ao seu ápice - até o próximo escândalo aparecer, pelo menos. Em um dia, um ex-diretor é preso sob a acusação de ter participado de um esquema de lavagem de dinheiro que pode ter alcançado R$ 10 bilhões. No outro, recrudescem as denúncias sobre o malfadado negócio da bilionária compra da refinaria de Pasadena, no Texas. Refinaria que custou US$ 1,18 bilhão à estatal, mas pela qual sua antiga sócia, a belga Astra Oil, havia pago US$ 42,5 milhões em 2005 - 27 vezes menos. Isso mesmo! Você não leu errado, não.
Informe Econômico
Maria Isabel Hammes: o inferno astral da Petrobras
Nesta época de publicidade negativa, o caldeirão da estatal não para de ferver