O consórcio encarregado da ampliação do Canal de Panamá, liderado pela construtora espanhola Sacyr, anunciou nesta sexta-feira a suspensão das obras, mas ao mesmo tempo disse ter enviado uma nova proposta de negociação à autoridade panamenha.
- À espera de um acordo que funcione para o encerramento da obra, foram suspensos os trabalhos no projeto, devido à negativa expressa da ACP (Autoridade do Canal de Panamá) de ampliar o protocolo de negociação - explicou em um comunicado o consórcio Grupo Unidos pelo Canal (GUPC), após apresentar uma nova oferta para tentar solucionar o conflito.
- O GUPC continua seus esforços para encontrar uma solução e chegar a um acordo com a ACP e entregou uma nova proposta que reúne as preocupações da ACP enquanto proporciona os fundos necessários para terminar a obra do Terceiro Jogo de Eclusas - informou.
Junto a Sacyr, participam do consórcio a empresa italiana Impreglio, a belga Jan de Nul e a panamenha Constructora Urbana. O consórcio reivindica das autoridades do Panamá ressarcimento de custos imprevistos no projeto por causa de supostas deficiências nos relatórios geológicos proporcionados pela ACP.
O consórcio exige 50% a mais do contrato inicial fixado em US$ 3,2 bilhões pelo projeto e construção das novas eclusas da fase de ampliação, o principal contrato da obra.
Inaugurado em 1914 pelos Estados Unidos e devolvido ao Panamá em 1999, o canal, por onde passa 5% do comércio mundial, tem como principais clientes os EUA e a China.