Os investimentos estrangeiros diretos (IED) no país, que vão para o setor produtivo da economia, não foram suficientes para financiar o déficit das contas externas que, em 2013, chegou a US$ 81,37 bilhões. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central (BC), trata-se do pior resultado da série histórica iniciada em 1947.
O déficit superou o resultado negativo registrado em 2012 (-US$ 54,23 bilhões, recorde histórico para um ano fechado) e teve alta de 50% no ano passado.
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Ele corresponde a 3,66% de tudo que o país produziu em 2013, pior resultado desde 2001 (4,19%). Apesar disso, o chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Fernando Rocha, destacou que o déficit em transações correntes "foi majoritariamente financiado pelo ingresso de investimento estrangeiro direto, que são capitais de longo prazo".
Quando o país tem déficit em transações correntes, precisa encontrar fontes para financiar o resultado negativo. O IED é considerado a melhor forma de financiamento por ser de longo prazo, mas há também investimentos estrangeiros em ações, títulos de renda fixa e empréstimos.
Esses investimentos totalizaram US$ 64,045 bilhões, o que correspondeu a 2,88% do PIB (Produto Interno Bruto). O resultado é menor que o de 2012, quando totalizou US$ 65,272 bilhões (2,90% do PIB).