Menos de 24 horas depois que os primeiros sinais de que um acordo entre republicanos e democratas no Senado livraria os Estados Unidos da ameaça de calote - com consequências imprevisíveis para a economia mundial -, a possibilidade de solução rápida parece cada vez mais remota.
Depois que a Casa Branca avisou que não aceitaria a proposta alternativa dos republicanos da Câmara dos Deputados, o líder John Boehner reiterou, por meio de assessores, que irá tentar votar um novo projeto para acabar com a paralisação parcial do governo americano e elevar o teto da dívida ainda na noite desta terça-feira.
Entenda a crise do teto da dívida dos Estados Unidos
Segundo notícia publicada no site do Washington Post, a nova proposta dos republicanos iria elevar o limite de endividamento dos EUA até o início de fevereiro, como já previa a proposta rejeitada pela Casa Branca. A diferença é que eles desistiram de tentar suspender a criação de um novo imposto sobre equipamentos médicos que ajudaria a financiar a reforma no sistema de saúde.
Outra mudança em relação ao projeto inicial, é que os serviços públicos financiados pelo governo só seriam bancados até o dia 15 de fevereiro - em vez de até o dia 15 de janeiro, o que poderia causar uma nova corrida por uma solução no período do final de ano.
Agência de risco avalia rabaixar nota
Diante do impasse, a agência de classificação de risco Fitch advertiu que pode retirar a nota máxima para a dívida pública dos Estados Unidos. Em agosto de 2011, outra agência que atua nesse segmento, a Standard & Poor's, retirou o conceito AAA - o mais alto possível.
Foi a primeira vez na história que isso ocorreu: o país tinha nota máxima desde 1941.
Caso a Fitch confirme a ameaça de também rebaixar a classificação de risco dos títulos públicos dos EUA, será a segunda das três grandes empresas do segmento a fazê-lo. A outra é a Moody's, que não se manifestou sobre a possibilidade.