Assim como em outras cidades brasileiras, a maioria das startups de Porto Alegre nasce dentro das universidades - algumas delas em incubadoras durante o desenvolvimento de um produto, outras da simples interação entre os estudantes em sala de aula, que apostam em uma ideia inovadora e decidem montar um negócio. Apesar do padrão, o perfil dos empreendedores não é uma regra. Cristiane Krug, que comanda a In Natu é um exemplo disso.
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A arquiteta tinha escritório próprio e havia se formado há uma década quando descobriu um novo negócio: mobílias produzidas com composto de plástico, mas aspecto de madeira. Não teve dúvidas em voltar ao ambiente acadêmico para colocar a ideia em prática. Hoje, conta com o apoio da incubadora Héstia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e trabalha com o laboratório de design da instituição, onde pensa soluções para melhorar a qualidade do material e do encaixe das peças.
- É um móvel totalmente sustentável. Não corre o risco de ser atacado por cupins e não precisa de manutenção. No final da sua vida útil, o material pode voltar ao início da cadeia - conta Cristiane, entusiasmada com a própria iniciativa.
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A equipe, por enquanto, é enxuta. Além de Cristiane, a In Natu conta com um designer e uma arquiteta espanhola que faz intercâmbio no Brasil, por uma rede de empreendedores ao redor do mundo. Alguns móveis já saíram do papel, mas de forma artesanal, em exemplares únicos. O objetivo agora é produzir em escala. O protótipo de uma mesa - já pronto - passa por melhorias e a expectativa é de que o produto chegue no mercado no próximo ano.
A arquiteta também está de olho na rentabilidade do negócio. Sabe da necessidade de atrair investidores.
- Muitos trabalhos bons acabam engavetados nos laboratórios. O que a gente quer é colocar nosso produto na vitrine - afirma.