Às vezes a gente se contenta com pouco. Bem pouco mesmo. No Brasil, sabe-se há décadas, um dos grandes inibidores ao desenvolvimento e expansão dos novos negócios é a excessiva burocracia que atrapalha quem deseja investir. Agora, estudo do Banco Mundial mostra que o país saltou da 130ª para a 116ª posição no ranking que mede a facilidade de se fazer negócios em 189 países, mas está abaixo da média latino-americana. Parece grande coisa, mas não é lá tanto assim.
A melhora na posição, ainda insuficiente diante do avanço que o país precisa ter, foi resultado da redução do custo de energia elétrica. Benefício que, aqui no Estado para os consumidores da CEEE, foi quase anulado com o aumento salgadíssimo da semana passada. Ou seja, a se computar apenas este indicador que foi relevante agora, voltamos à estaca zero. Ruim demais.
O estudo Doing Business, que por aqui deveria se chamar mais apropriadamente Not Doing Business, é uma sucessão de notícias ruins para nós, que tanto precisamos de um desenvolvimento célere e mais profundo. Exemplos não faltam: na dificuldade de pagar impostos ficamos em um desonroso 159º lugar e, no número de horas necessárias para se preencher e pagar tributos - 2,6 mil, não passamos do 156º.
Pior ainda: nos custos para exportar e importar, por contêiner, o país foi o terceiro e o quarto pior do ranking, com os valores mais altos (US$ 2.215 e US$ 2.275).
Assim, decididamente, fica ainda mais difícil competir. Na comparação com nossos adversários no Exterior, cada vez mais estamos no retrovisor.