O grupo que teve a principal contribuição para o resultado do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), que desacelerou de 0,71% para 0,65% da primeira para a segunda quadrissemana de abril, foi Alimentação, informou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). A inflação desta classe de despesa saiu de 1,49% para 1,37% no período, puxada pelo comportamento do preço das frutas, que recuou de 6,19% para 5,57%.
Apesar disso, o tomate, tido como o atual "vilão da inflação", continua como o produto com maior influência positiva no índice. Na segunda quadrissemana do mês, os preços do tomate desaceleraram, mas continuam com alta de 15,09%, ante 15,90% na primeira prévia do mês.
Desde a segunda quadrissemana de janeiro até agora, o tomate não saiu do grupo de produtos que exercem a maior influência para a alta da inflação medida pelo indicador, variando de posição - às vezes em primeiro lugar, outras perdendo para itens como a gasolina.
Três meses depois, o produto encabeça o ranking, seguido de três itens relacionados à alimentação: batata-inglesa (de 12,54% para 17,65%), refeições em bares e restaurantes (de 0,72% para 0,65%) e cebola (de 23,99% para 16,92%). Aluguel residencial, que teve alta de 0,64% contra 0,75% na leitura imediatamente anterior, fecha a lista.
Do outro lado, continua liderando as maiores influências negativas o item passagem aérea, que saiu de -13,13% para -11,32%. Na sequência vêm alcatra (de -5,27% para -5,24%), costela bovina (de -3,20% para -4,47%), óleo de soja (de -3,68% para -5,21%) e frango inteiro (de -0,47% para -2,22%).