Depois de um ano em ritmo lento, a produção industrial apresentou evolução e aumentou 2,5% no mês de janeiro em relação a dezembro, informou, nesta quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial cresceu 5,7% em janeiro de 2013, interrompendo dois meses seguidos de taxas negativas nesse tipo de comparação: -0,8% em novembro e -3,5% em dezembro.
O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 1,9% em janeiro de 2013, assinalou redução na intensidade de queda frente à marca registrada em dezembro último (-2,6%). O índice desse mês teve perfil disseminado de resultados positivos, já que todas as categorias de uso e 18 das 27 atividades pesquisadas apontaram aumento na produção.
Entre as atividades, as principais influências positivas foram registradas por veículos automotores (4,7%), refino de petróleo e produção de álcool (5,2%), máquinas e equipamentos (5,7%), farmacêutica (5,6%) e material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (10,5%).
O ramo de veículos automotores, que avançou 39,3%, exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionado pelo crescimento na produção de aproximadamente 85% dos produtos investigados no setor, com destaque para a maior fabricação de automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, chassis com motor para caminhões e ônibus, autopeças, reboques e semirreboques e motores diesel para caminhões e ônibus.
Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de calçados e artigos de couro (13,8%), produtos de metal (3,3%), outros produtos químicos (1,5%), mobiliário (8,5%), metalurgia básica (1,9%) e alimentos (0,8%). Por outro lado, entre as nove atividades que reduziram a produção, os desempenhos de maior importância para a média global foram registrados por indústrias extrativas (-6,6%), fumo (-53,5%) e outros equipamentos de transporte (-4,3%).
Entre as categorias de uso, bens de capital, ao crescer 8,2%, assinalou o avanço mais acentuado em janeiro de 2013. Essa expansão foi a mais intensa desde junho de 2008 (8,8%) e interrompeu dois meses seguidos de queda na produção, período em que acumulou perda de 0,7%. Os segmentos de bens de consumo duráveis (2,5%) e de bens intermediários (0,9%) também registraram taxas positivas nesse mês, com ambos acelerando o ritmo de crescimento frente ao resultado de dezembro último (0,5% e 0,2%, respectivamente).
O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis, com variação de 0,2%, mostrou o avanço mais moderado nesse mês, mas também apontou a segunda taxa positiva consecutiva, acumulando nesse período ganho de 1,0%.