A American Airlines e a US Airways devem anunciar nesta quinta-feira, oficialmente, uma fusão que criará a maior companhia aérea do mundo.
Os conselhos de administração das duas empresas votaram na quarta-feira, separadamente, a favor desse acordo, informaram fontes ligadas à negociação ao Wall Street Journal.
Aoperação é estimada em US$ 10,5 bilhões a US$ 11 bilhões e será limitada à troca de ações. A união deve ajudar a American a sair da recuperação judicial - pedida em novembro de 2011 - e, com a parceria com a US Airways, a competir contra a Delta Air Lines e a United Airlines. Mas há risco de as passagens aéreas ficarem mais caras e os consumidores terem menos opções de escolha. A fusão levaria essas quatro empresas a controlar em torno de 83% de todos os assentos de voos no mercado dos Estados Unidos, informa o Wall Street Journal.
A expectativa é de a nova companhia manter o nome da American Airlines, com sede em Dallas, no Texas. Os credores da American devem ficar com 72% da empresa e os 28% restantes com a US Airways.
De acordo com o The New York Times, Douglas Parker, diretor-executivo da US Airways passaria a ser o principal executivo da nova empresa. Thomas Horton, diretor-executivo da American assumiria a presidência do Conselho de Administração por um tempo limitado, a princípio até 2014.
A operação, no entanto, ainda terá de passar por diversas etapas. Será necessário que seja aprovada pelo juiz que cuida da recuperação judicial da American em Nova York. Além disso, os acionistas da US Airways também precisam dar seu apoio. E a divisão antitruste do Departamento de Justiça do governo norte-americano terá de dar seu aval.