A agência de classificação de risco Moody's anunciou esta sexta-feira que rebaixou em um nível a nota de solvência do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE) de "Aaa" para "Aa1", com viés de baixa, após fazer o mesmo com a França, a segunda maior economia da zona do euro. Para o diretor do MEDE, Klaus Regling, a decisão da Moody's é "difícil de entender" e não leva em conta a estrutura do capital dos fundos de apoio permanente da zona do euro.
"Não concordamos com a abordagem da agência, que não leva em conta o marco institucional particularmente sólido do MEDE, os compromissos políticos e a estrutura de seu capital", reagiu Regling em um comunicado. A Moody's também rebaixou em um nível a qualificação de fundo temporário da zona do euro (FEEF), de "Aaa" para "Aa1", com viés de baixa. "Os 17 Estados membros da zona do euro estão plenamente empenhados no plano político e financeiro no âmbito do MEDE e do FEEF e apóiam estas duas instituições", afirmou Jean-Claude Juncker, chefe dos ministros das Finanças da zona do euro, no mesmo comunicado.
Além do recente rebaixamento da França, em 19 de novembro, atualmente qualificada "Aa1", a Moody's indica que a decisão se deve à "forte correlação" em termos de risco de crédito entre os principais apoios financeiros do MEDE e do FEEF. "O risco e a qualificação do MEDE e do FEEF estão estreitamente ligados aos de seus principais apoios", explicou a Moody's, lembrando que a França é o segundo maior contribuinte destes dois fundos. A agência destaca, no entanto, que tanto o MEDE quanto o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira mantêm o apoio dos importantes capitais mobilizados pelos Estados contribuintes, que têm uma qualificação média de Aa1, a segunda melhor.