No começo, era uma teoria: uma máquina que só existia no papel. Antes de ter sido criada qualquer tecnologia que tornasse viável o computador, Alan Turing provou que seria possível. O inglês, considerado por muitos o pai do computador, tem seu centenário comemorado este ano. Eventos ao redor do mundo celebram a memória do matemático.
- Acho que Turing poderia ser considerado o Newton da nossa época. É comparável a Einstein e Freud - diz Marcelo Walter, doutor em Ciência da Computação e professor da UFRGS, um dos organizadores das atividades comemorativas na universidade.
Depois de fazer doutorado nos Estados Unidos, Turing voltou à Inglaterra. Durante a II Guerra Mundial, trabalhou em Bletchley Park, nos esforços de inteligência britânicos para decifrar mensagens dos inimigos. Se o primeiro computador foi construído na Grã-Bretanha ou nos EUA é assunto controverso, mas há provas de que o matemático contribuiu nos dois projetos. Seu trabalho em inteligência artificial também é reconhecido.
Mesmo tendo sua contribuição celebrada durante a guerra, foi condenado a injerir hormônios femininos - uma espécie de castração química - por ser homossexual. Sua morte é cercada de mistérios, mas acredita-se que tenha cometido suicídio.
- Sem exagerar, a gente pode dizer que deve o computador a ele. Talvez tivesse produzido mais, se não tivesse vivido somente 41 anos - avalia Edward Hermann Haeusle, professor de lógica e teoria da computação da PUC-Rio.
Para saber mais:
Exposição Alan Turing: Legados para a Computação e para a Humanidade
Quando: 10/10/12 a 22/03/13 - de segunda a sexta, das 9h às 18h
Local: Museu da UFRGS (Av. Osvaldo Aranha, 277, Porto Alegre)
Entrada franca
Informações: (51) 3308-4022
Site: www.museu.ufrgs.br