Em um ambiente que alia indicadores econômicos e sociais positivos, Porto Alegre é considerada a segunda cidade mais criativa entre as 50 maiores do país. Fruto do desenvolvimento intelectual, a indústria criativa movimenta empregos e gera riqueza nem sempre contemplada em estatísticas.
Atrás apenas de São Paulo, a capital gaúcha se destaca em pesquisa que leva em conta desde número de empregados nos setores considerados criativos, participação do PIB em serviços até o percentual de pessoas com plano de saúde.
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Confira o que apontam as pesquisas
- Quanto maior a participação das profissões criativas na economia e melhores as condições de segurança e saúde, maior será o PIB desse segmento - aponta Adolfo Melito, presidente do conselho de criatividade e inovação da Federação do Comércio de Bens, Serviços de São Paulo (Fecomércio-SP), entidade que elaborou o Índice de Criatividade das Cidades.
Em meio à escassez de dados sobre a economia criativa no Brasil, outra pesquisa coloca o Rio Grande do Sul na quarta posição entre os Estados com maior peso do setor criativo no PIB. No caso gaúcho, o segmento responde por 1,9% do total das riquezas geradas.
No estudo A Cadeia da Indústria Criativa no Brasil, elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), a geração de empregos em áreas como software e computação, mercado editorial, publicidade e arquitetura coloca o Estado na ponta de cima do ranking.
- São atividades nas quais a criação e distribuição de bens e serviços usam a criatividade e o capital intelectual como insumos primários - explica Guilherme Mercês, gerente de estudos econômicos da Firjan.
Da produção para amigas à grife de luxo em cinco anos
Ao apostar em modelagens diferenciadas, a estilista Daniela Calil, 27 anos, transformou a venda de biquínis para amigas, há pouco mais de cinco anos, em uma grife de luxo de moda praia e recentemente de jaquetas de couro. Com estampas e detalhes bordados à mão com paetês e miçangas, a marca La Posh ganhou mercado com peças personalizadas.
- Exploro muito os detalhes e a modelagem das peças, sempre tentando antecipar as tendência que vêm de fora - conta Daniela, sócia da empresária Camila Duarte, 34 anos.
Com ateliê no Moinhos de Vento, na Capital, a estilista desenha as peças e terceiriza a produção - estimada em mais de 5 mil unidades por ano.
PIB de ideias
Pesquisa revela que Porto Alegre é a segunda cidade mais criativa do Brasil
Indicadores mostram destaque entre as cidades que geram riqueza com a imaginação
Joana Colussi - Direto da Índia
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