Ocorreu na tarde deste sábado, dia 27, o seminário Federasul Canal Rural "Avanços e desafios do desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul". O evento faz parte da programação da Casa RBS na Expointer 2011. Estavam presentes o presidente do Grupo RBS, Nelson Sirotsky; o presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), José Paulo Dornelles Cairoli; o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; e o secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi.
Foto: Emílio Pedroso
A abertura do simpósio foi feita por Nelson Sirotsky, que fez questão de salientar que, através de mídias como o Canal Rural e o RuralBR, a RBS tem um grande vínculo com o setor agrícola - considerado pela empresa como um dos segmentos econômicos mais importantes do Brasil. O presidente do maior grupo empresarial de comunicação do Sul do país completou seu discurso com um comentário elogioso sobre a feira, que, segundo ele, "é mais um passo para o fortalecimento do agronegócio".
Em seguida, o presidente da Federasul deu continuidade ao debate, destacando quais os pontos considerados fundamentais pela Federação para o desenvolvimento agropecuário do Rio Grande do Sul. José Paulo Dornelles Cairoli não acredita que seja possível aperfeiçoar o setor agrícola sem que haja uma agenda mínima do governo. Essa agenda, de acordo com ele, incluiria uma maior atenção do Estado com relação à previdência - que já sofre com uma maioria de inativos -; a criação de mecanismos para atrair e manter investimentos dentro do Estado; a aplicação de recursos em infraestrutura - especialmente melhorando estradas como a BR 116 -; e a modernização da gestão pública.
O secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi, por sua vez, dedicou sua fala a ressaltar a importância da reestruturação de culturas, como o arroz e o milho. Mainardi disse que a grande produção rizícola do Estado se volta contra os produtores na medida em que a oferta do produto é muito maior que a demanda. Para Mainardi, outro ponto que precisa ser revisto diz respeito à invasão do arroz argentino e uruguaio no mercado gaúcho por preços mais baixos que o do arroz local.
Quanto à cultura do milho, o secretário afirmou que o problema é justamente o contrário: a baixa produção. Enquanto que nos Estados Unidos, por exemplo, produz-se 160 sacas do grão por hectare, no Brasil, o número é de 80 sacas por hectare. Para isso, investimentos em estruturas como barragens seriam cruciais.
Por fim, o ministro Fernando Pimentel falou a respeito do Plano Brasil Maior, um programa do governo federal brasileiro lançado neste mês de agosto para aumentar a competitividade da indústria nacional.
Pimentel disse que o Brasil é um país que pode produzir tudo e que tem todas as condições para ser um país hegemônico no século XXI. Para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o país tem as quatro principais características para se destacar no cenário mundial: uma população extensa - significando um mercado forte; o acesso a recursos naturais como alimentos e energia; possibilidades tecnológicas; e segurança institucional.