Os Estados Unidos recuaram de sua proposta de estabelecer limites para superávits externos de outros países e anunciaram que estão perto de um acordo com a China. O governo norte-americano teria convencido a China a aceitar uma proposta na reunião do G-20 (grupo dos 20 países mais ricos e influentes do mundo), que será realizada esta semana em Seul, na Coreia do Sul, para criar um "sistema de alerta" quando um país acumula superávits ou déficits excessivos.
Em troca, a Casa Branca abandonou a ideia original de estabelecer teto de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) sobre o superávit de cada país, que era rejeitado pela China e por outros grandes exportadores e países emergentes. O recuo ocorre depois de forte pressão internacional. Além de rejeitar a proposta americana, China, União Europeia e países emergentes reagiram com irritação ao pacote econômico dos EUA.
Serão injetados US$ 600 bilhões na economia americana. O excesso de recursos pode seguir para outros países, o que provocaria forte valorização de suas moedas e criar bolhas especulativas.
Ontem, na Índia, o presidente Barack Obama chegou a justificar sua política, alegando que "o que é bom para os EUA é bom para o mundo". Pelo acordo, caberia ao Fundo Monetário Internacional (FMI) adotar uma série de regras para monitorar desequilíbrios em contas correntes e coordenar respostas para promover sua redução. A China, no fim da semana passada, havia acusado os americanos de quererem "voltar ao tempo da economia planificada".
Notícia
Estados Unidos mudam proposta para o G-20
Governo norte-americano teria convencido a China a aceitar uma proposta na reunião da cúpula
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre: