Especialistas avaliam que, antes de comprar um carro, é recomendável ter cautela para analisar todos os custos do veículo. Se as despesas não ultrapassarem o orçamento disponível, o sinal verde para a aquisição pode ser aceso.
— É preciso considerar os chamados gastos fantasmas, e não apenas o valor do automóvel ou das prestações. O consumidor também deve levar em conta, por exemplo, custos como seguro, gasolina e lavagem — frisa o educador financeiro Adriano Severo, professor da QI Faculdade e Escola Técnica.
O economista Samy Dana, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), estima que um carro avaliado em R$ 35 mil pode gerar de R$ 17 mil a R$ 18 mil por ano em despesas. O cálculo embute gastos com combustível, estacionamento e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), entre outros.
— Para muitos, o carro faz parte de um sonho. É algo prazeroso. Mas, antes de comprá-lo, é importante saber que existem custos indiretos — ressalta o economista.
Conforme Severo, em média, a desvalorização anual de um automóvel é de cerca de 10%. No primeiro ano, o índice é ainda maior para um veículo novo, de cerca de 20%, já que o carro deixa de ser zero-quilômetro.
— Se um modelo 2019 tem poucas mudanças em relação ao 2018, vale a pena esperar o lançamento do novo para comprar o anterior, porque este terá o preço mais baixo. Se as alterações forem significativas, é mais vantajoso adquirir o novo, porque a desvalorização do antigo será maior no futuro, no momento da venda ou da troca — indica Severo.
O educador financeiro acrescenta que, antes de finalizar a compra, é interessante fazer cotações de seguro junto a corretoras para encontrar ofertas mais atraentes, além de analisar os itens de segurança dos veículos.