Responde: Claudio Dóro, engenheiro agrônomo da Emater Passo Fundo
Metade da soja produzida no Rio Grande do Sul, de um total de 17,12 milhões de toneladas colhidas no atual ciclo, é consumida dentro do próprio Estado. Como 82% do grão é farelo e 18% óleo, a destinação segue a mesma proporção.
A parte do farelo serve para a composição de ração animal, na alimentação de suínos, aves e bovinos. No caso do óleo, entre 85% e 90% vai para a indústria de biodiesel local e, entre 10% e 15% serve de matéria-prima para a produção de óleo comestível.
Outros 50% da produção gaúcha vão para o Exterior in natura, ou seja, grão de soja, via porto de Rio Grande ou de Paranaguá. Desses, 80% têm como destino a China, que processa para consumo interno e também para exportação. O restante vai para países da União Europeia e do Oriente Médio.
A ração elaborada a partir da soja tem como vantagens o baixo custo e a alta concentração de proteínas: em torno de 46% do grão.