São, pelo menos, seis cidades na Região Central que registram danos mais significativos causados pela falta regular de chuva. Parte das áreas plantadas de soja em São Sepé, Formigueiro, Restinga Seca, Santa Maria, Vila Nova do Sul e Cachoeira do Sul apresenta quebra. Ou seja, perda de grãos.
De acordo com o presidente da Emater, Clair Kuhn, nessas localidades, há produtores que têm perdas de até 25% na cultura da soja. Prejuízos que também se estendem à pecuária de leite, com queda de cerca de 20% na produção:
_ Nos municípios em que a chuva diminuiu os animais não conseguiram ter alimento suficiente e, consequentemente, produziram menos (leite). Isso chega a uma redução de 20% na produção leiteira.
A estimativa total, dos 35 municípios que fazem parte da regional da Emater em Santa Maria, é um pouco menor: varia de 8 a 10%. Ainda segundo o presidente, a Emater já trabalha com alternativas para amenizar os impactos climáticos como, por exemplo, a falta de chuva. Uma delas é a criação de mais micro-açudes para garantir a irrigação:
_ Já vínhamos trabalhando com isso e, agora, vamos reforçar na região a questão dos micro-açudes nas pequenas propriedades. Além do reaproveitamento das águas da chuva em cisternas para utilizar na irrigação.
Importância
Na região, dos 900 mil hectares plantados com soja, 3% já foi colhido, cerca de 15% está em fase de maturação – quase no estágio de colheita e o restante em fase de enchimento de grãos. Os dois municípios com maior área plantada de soja são Tupanciretã, com 145 mil hectares, e Cachoeira do Sul, com 135 mil hectares plantados.