Responde: Danilo Menezes Sant´Anna, pesquisador de sistemas sustentáveis de produção da Embrapa Pecuária Sul, de Bagé
Sim. Especialmente no sul do Brasil e países vizinhos. Inúmeras espécies de inverno e verão, anuais e perenes, bem como as do campo nativo, convivem aqui, muitas vezes juntas no mesmo metro quadrado, formando cadeias forrageiras de elevada diversidade como poucos lugares do mundo dispõem. Espécies de inverno, como azevém, aveias e leguminosas, integradas ou não com lavouras ou mesmo sobressemeadas no campo nativo (melhoramento de campo nativo), podem conferir estabilidade à produção de forragem da região. Espécies de verão, a exemplo de sudão, sorgo e milheto, também contribuem nesse sentido.
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Como escolher a forrageira mais adequada para pastagem do gado?
As opções, associadas a técnicas de manejo como o diferimento, subdivisões, ajuste de carga animal, roçadas estratégicas, conservação de forragem, adubação e até irrigação das pastagens, incluindo nesse caso, o próprio campo nativo, nos possibilitam corrigir os chamados vazios forrageiros e produzir alimento por todo o ano. Entretanto, essa diversidade impõe mais complexidade aos sistemas pastoris. Por isso, é necessário o acompanhamento técnico qualificado para construir o planejamento forrageiro adequado a cada propriedade rural e manter um acompanhamento periódico do sistema a fim de auxiliar o produtor a conduzir com estabilidade e rentabilidade a produção de forragem ao longo de todo o ano.
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