Para atingir a alta precisão e performance nas atividades do agronegócio, a agricultura 5.0 é um constante tema de discussão no Brasil. Esse modelo de produção não é apenas destinado para soluções relacionadas ao uso de ferramentas digitais modernas, mas também para ser um suporte na tomada de decisões, que podem ser gerenciadas pelos próprios sistemas autônomos e máquinas inteligentes.
Um recente levantamento da GS1 Brasil - Associação Brasileira de Automação, revela que a automação do agronegócio no país teve um aumento de 12,5% entre 2019 e 2021.
E não é apenas no agro do Brasil que existe essa forma de pensar os negócios. Uma pesquisa realizada pelo Sitel Group, com 403 executivos, indica que 9 a cada 10 (96%) líderes trouxeram a transformação digital como tópico primordial para 2022. Assim como 64% dos executivos citaram a digitalização como a maior prioridade para o ano de 2022.
Diante desse cenário, a Claro e a Embratel estão à frente do mercado nas ofertas de tecnologias para o agronegócio, segmento responsável por mais de 27,4% do PIB brasileiro.
Conforme afirma o diretor de IoT da Claro, Eduardo Polidoro, a transformação digital no agronegócio traz mais eficiência e maior produtividade, com menor consumo de insumos, sejam naturais ou químicos. Para o especialista, seria necessário um crescimento de 60% da produção agrícola mundial até 2050 para atender ao crescimento populacional atual. Ele afirma que sem a informação de precisão proveniente da agricultura digital e com o manejo sendo feito da mesma forma que se faz hoje em dia, não seria possível viabilizar a maior produção devido as mudanças climáticas que se enfrenta.
– O cruzamento de dados nos abrirá novos caminhos para uma maior produção e mais sustentabilidade – complementa.
Já o diretor de Vendas da Embratel, Adriano Pires, acredita em infinitas possibilidades de crescimento no setor, além do aumento da fatia desse segmento no PIB brasileiro e a ampliação da certeza de alinhamento ao conceito ESG (sigla em inglês para Governança Ambiental, Social e Corporativa).
E, para que a agricultura 5.0 efetivamente ingresse no campo brasileiro, ambas as empresas se unem para apresentar o plano ‘Solução Campo Conectado’. Um serviço que permite a geração, o cruzamento e o tratamento de dados por meio da análise online (analytics), autoaprendizado das máquinas (machine learning) e da inteligência artificial para a tomada de decisões em tempo real.
Por meio desses recursos, as operações deverão ficar mais inteligentes, aumentando a eficiência, melhorando a competitividade e a sustentabilidade da produção, além de abrir portas para outros usos, como a telemedicina e a educação à distância.
Com o Campo Conectado e o gerenciamento das propriedades em tempo real, são previstos menores gastos em sementes, utilização mais racional de fertilizantes e defensivos agrícolas. Também permite uma diminuição no uso de combustíveis fósseis, redução de perdas agrícolas e aumento da rastreabilidade na cadeia alimentar.
– É uma solução que leva conectividade e internet para áreas rurais com mais qualidade, seja em fibra óptica ou em rede móvel de 3ª, 4ª e 5ª geração. Um mundo conectado é a base para a era da informação que gera riqueza – salienta Pires.
Tecnologias disponíveis
Além de mais velocidade, o 5G+ da Claro promete trazer uma evolução de dados para casos de negócios que necessitam de maior capacidade de dispositivos conectados e latência ultrabaixa. Por meio da Embratel, o 5G+ busca atender às necessidades do mercado B2B e aplicações que deverão ser mais desenvolvidas no futuro, incluindo a ‘Internet das Coisas’, a ‘Inteligência Artificial’ e o ‘Edge Computing’.
Por sua vez, a Embratel possui o IPSAT, uma solução de banda larga disponibilizada a partir do satélite Star One D1. O serviço é oferecido em banda Ka e possibilita que empresas de diversos tamanhos e segmentos instaladas em localidades com pouca ou nenhuma infraestrutura de telecomunicações tenham acesso à internet banda larga de qualidade, com velocidade.
Visões para o futuro
A transformação digital oferece novos horizontes, nos quais as duas companhias possuem grandes planos. Para a Embratel, a ideia é habilitar o próximo nível das empresas inseridas no ecossistema do agronegócio. Além de continuar o desenvolvimento de soluções baseadas em tecnologia que possam enriquecer toda a cadeia produtiva do agro, desde a conectividade, passando por mobilidade, até as soluções de TI, de infra ou de sistemas.
Já a Claro quer solidificar a parceria com os produtores e de todo o ecossistema deste setor para democratizar a tecnologia. A proposta é operar levando educação, saúde, tecnologia e diversão para todos os clientes, não importa onde estejam.
– Vamos encurtar distâncias e facilitar o acesso a alta tecnologia de forma fácil e rápida – frisa o diretor de IoT da Claro, Eduardo Polidoro.
Campo em Debate
A transformação digital no agronegócio e o avanço da conectividade no campo foi tema do painel Campo em Debate. Na ocasião, participaram os especialistas da Claro e da Embratel. O Campo em Debate ocorre na Casa RBS, durante a Expointer, em Esteio, com transmissão ao vivo pela GZH.