Você já perdoou uma traição? Ou jamais perdoaria? Convidamos duas leitoras com opiniões diferentes sobre o tema para compartilhar suas experiências na seção Donna das Minhas Escolhas. Elas contam como suas decisões mudaram suas vidas e suas formas de encarar relacionamentos amorosos.
Confira:
“Todos estamos sujeitos a errar”
Começamos a namorar em janeiro de 2018 e estamos juntos até hoje. Descobri a traição no final do primeiro ano de relacionamento e, na época, foi uma situação muito humilhante para mim. Ele foi com amigos em um lugar que costumávamos frequentar juntos, mas onde não pude ir naquele dia. Lá, exagerou no álcool e se aproximou de uma menina, começou a conversar e acabou dando um "selinho" nela. Chegou a dizer que não tinha namorada.
Fiquei sabendo disso por uma amiga e o questionei, mas ele não queria contar detalhes, foi só depois de muita insistência que assumiu. Claro, ele podia ter feito mais, mas só essa "pouca coisa" foi o suficiente para me deixar muito mal, pois confiava nele.
Hoje consigo falar tranquilamente sobre esse episódio, já foi superado, mas na época me sentia envergonhada, até por ter decidido perdoá-lo. Minhas amigas falavam para eu terminar, as pessoas me julgavam, mas sabia que tinha tomado a atitude certa, por mais difícil que fosse. Tive que deixar o meu ego, que foi muito ferido com essa traição, de lado, e ouvir mais o sentimento. Apesar de tudo, ainda gostava dele, e ambos sabíamos que o que ele tinha feito era muito errado. Mas aconteceu, todos estamos sujeitos a errar.
Essas coisas fogem do nosso controle e a gente não pode simplesmente ficar se culpando depois, o que importa é como vai ser daqui para a frente. Não que a traição não tenha tido um impacto, mas a forma como a segunda chance foi aproveitada fez toda a diferença.
Não que a traição não tenha tido um impacto, mas a forma como a segunda chance foi aproveitada fez a diferença
Se pudesse, claro, escolheria não ter passado por isso, mas talvez precisasse ter acontecido naquele momento para mudar várias coisas na nossa vida, tanto como casal quanto individualmente. E foi uma decisão minha. Eu escolhi perdoar, eu escolhi seguir o relacionamento, então não adianta jogar isso na cara dele para sempre.
Estudante, 24 anos
Donna das Minhas Escolhas: o outro lado
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