Geralmente visto como um perfil mais retraído, o povo gaúcho tem mostrado disposição para conhecer algo novo quando o assunto é relacionamento – mais especificamente, o sexo. A rede social Sexlog, voltada ao público adepto ao swing ou outras fantasias, conta com nada menos do que 560 mil cadastros no Estado. No ano passado, os registros do site apontaram mais de 2 milhões de acessos vindos do Rio Grande do Sul.
A principal função da plataforma é unir pessoas que tenham os mesmos desejos e proximidade geográfica, para que marquem encontros. O serviço é exclusivo para maiores de 18 anos e, para ajudar nas conexões, o cadastro conta com uma descrição do que a pessoa ou o casal gostaria de fazer.
– É um jeito fácil de se conectar. Se um casal busca ménage, é comum se sentir constrangido para flertar com uma mulher com essa intenção. Como ali todo mundo está em busca de sexo, não tem constrangimento algum – explica a diretora de Comunicação do Sexlog, Mayumi Sato.
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Assim como em qualquer rede social, a partir da criação do perfil é possível compartilhar fotos, vídeos, adicionar amigos, conversar e, dependendo de como evoluir, marcar um encontro. Segundo Mayumi, é comum que algumas pessoas fiquem apenas na amizade ou aproveitem a conexão para ir conhecer um clube de swing sem precisar chegar sozinho na primeira experiência.
– Estivemos no Sul, fomos conhecer casas de swing para entender, recomendar, fazer parcerias. Descobrimos que muita gente vai às casas depois de ter entrado no Sexlog. É uma porta de entrada para quem não está seguro, não sabe se tem coragem – conta Mayumi.
Por falar em segurança, esta é uma das maiores preocupações dos responsáveis pela plataforma, que criam mecanismos para proteger os usuários. Um deles aparece logo que a pessoa acessa: a maioria das fotos não tem rosto. É uma orientação do site para evitar a exposição das pessoas.
Além disso, existe um processo de certificação para atestar que é a própria pessoa quem usa o perfil. A validação é feita por meio de foto segurando um documento de identificação e com o nome de usuário escolhido. Quem passa por este processo recebe um selo que permite usar uma foto de rosto, caso assim queira.
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Outra funcionalidade que garante mais segurança é a indicação, no perfil, de quem já saiu com aquele usuário, além da possibilidade de deixar um comentário. Serve como garantia para novas pessoas que tenham interesse. Superadas a timidez e a insegurança, Mayumi afirma que é só sucesso.
– A sexualidade começa a perder um pouco do tabu, da resistência, conforme as pessoas começam a se dar conta que ela é importante para outras esferas da vida. Não negar seus desejos permite ter qualidade de vida de uma forma mais ampla. O site tem muitas possibilidades. Nada é para todo mundo. Mas dar uma chance para ver que é possível se divertir sem ir contra seus valores é legal – destaca.
Os gaúchos no Sexlog
- Mais de 560 mil perfis – entre casais, solteiros e solteiras;
- Durante a pandemia, os gaúchos passaram a acessar 53% mais o site;
A média nacional foi de 37% no período; - 85% dos gaúchos têm seus amigos dentro do próprio Estado;
- Nos outros estados, a média é de 62%;
- Proporção de mulheres/casais para cada homem é 42% maior que a média nacional;
- 65% dos usuários do RS se transmitem ou assistem à câmera ao vivo;
A média nos outros estados é de 51%; - Aumento de 25% em novos usuários do RS durante a pandemia;
- Nos outros estados o aumento médio foi de 14%.
*O serviço é exclusivo para maiores de 18 anos.