Talvez a ideia que vem à sua mente ao pensar em uma influenciadora seja da mulher pop com milhões de seguidoras. É hora de rever esse conceito: as nano e microinfluencers estão em alta. Claro que depende de cada temática, mas, em média, uma nanoinfluenciadora tem cerca de 10 mil fãs, enquanto a micro chega tranquilamente aos 10, mas não passa de 100 mil.
Mas, isso quer dizer que os macros vão sumir? Claro que não. Você já pensou na diferença entre evidência e influência? Henrique Diaz, da BOX1824, conta que, em linhas gerais, quanto maior o número de seguidores, cresce a chance da pessoa se tornar um "evidenciador", alguém que comunica para vários públicos. Porém, diminui a probabilidade dessa megablogueira ser uma influenciadora de fato, alguém tão relevante em um assunto que é capaz de mudar a opinião da seguidora:
– Um influenciador tem o poder de dar forma à decisão, seja uma mera compra ou um hábito. Já a evidência é a capacidade que uma pessoa tem de hiperdimensificar uma informação, no sentido de "quando eu falo todo mundo me escuta". Por isso que a evidência é importante para as marcas.
E o futuro?
No início do ano, um relatório produzido pela Fundação Armando Alvares Penteado em parceria com a plataforma Socialbakers confirmou um aumento de 17% na média de seguidores dos principais influenciadores digitais e celebridades do país. Depois, entre abril e junho, foi registrada uma queda de 34% – atribuída ao saturamento de um conteúdo de massa. Rafaela Lotto, da Youpix, acredita que a pandemia se tornou de fato uma parada obrigatória para esses macroinfluencers repensarem o conteúdo, porém, isso não quer dizer que tudo será diferente daqui para frente:
– Vai haver espaço para uma busca desenfreada do que foi represado. Assim que puderem, as meninas de lifestyle vão voltar a fazer o que faziam. Passaremos por um momento de retomada, com lugar para a influenciadora que fala de viagem que mostra como é ir para a Itália nos dias de hoje. Não acho que vai demorar muito para voltarmos às figuras que vemos vivendo vidas irreais. Há um mercado que precisa dessas pessoas.