Sintonia entre os sexos na Gucci N21: clima crossover Prada para elas e para eles (no topo) Dolce & Gabbana
A semana masculina de moda de Milão - que também inclui look femininos - foi marcada por uma sobriedade que mistura os sexos. Ou melhor os gêneros, que agora se casaram jurando muita cumplicidade por tempo indeterminado. O unissex está em seu ápice e essa força tem relação com o comportamento da indústria. Mais comercial e com apelo de agrado abrangente.
Quais são as possibilidades, as várias relações que podem ocorrer entre a forma como homens e mulheres se vestem? A maneira como eles representam a si mesmos? Este é um assunto sempre sob investigação da Prada que fez questão de colocar essa pauta não só na passarela, como também no release que explica suas criações. Crossover total com pequenos detalhes que deixam os looks mais for girls ou para boys. Na mesma onda está o desfile da Gucci - um dos mais esperados, já que a diretora criativa da marca Frida Giannini deixou seu cargo seu um novo nome em seu posto. A coleção foi criada pela equipe de design da marca que representou a mesma conversa entre os sexos, com um tempero anos 70 e alguns indícios da época que Tom Ford assumia a grife, como os cintos com logos superevidentes.
Quem também pensou no indivíduo para criar foi a dupla Dolce&Gabbana. O assunto deles para o próximo inverno é a família e suas relações. Mais um exemplo de um marca olhando para si e evidenciando a simples existência, ao invés de encarnar inspirações estratosféricas ou déjà-vu. O "banal" é belo. Amo as peças com frases – como um pullover escrito Amore per sempre.
A sobriedade é confirmada na paleta de cores. Sem muito risco, as marcas investiram muito na combinação de preto, cinza, marinho, branco e tons silvestres mais escuros. Outras desfiles que chamam atenção no mesmo clima: MSGM, Salvatore Ferragamo e também da cool N21.