Se na hora de renovar alguma peça do guarda-roupa, você é daquelas pessoas que para pra pensar durante alguns instantes sobre o tanto que a nova roupinha já poluiu e ainda vai deixar rastros no planeta, você não está sozinha. Uma pesquisa realizada pelo Google em parceria com o Sistema B e a MindMiners no ano passado mostra que os conceitos da agenda ESG — sigla em inglês que engloba práticas de ordem ambiental, social e de governança — estão sendo considerados importantes para 87% dos brasileiros e que o pilar meio ambiente é o mais importante deles.
O público também entende que a responsabilidade com o meio ambiente deve ser dividida entre os setores da sociedade: é importante tomar atitudes individuais que façam a diferença para o planeta (54%), é claro, mas os consultados também consideram indispensável que as marcas e as grandes corporações se responsabilizem (44%) através de ações diretas sobre os seus produtos e serviços e do fomento da conscientização sobre o tema.
As Lojas Renner, marca líder em varejo de moda no Brasil, já teve provas de que a sustentabilidade é de fato uma demanda dos seus consumidores e está fazendo algumas mudanças para tentar acompanhar esta preocupação.
— Quando levamos o tema da sustentabilidade para as nossas redes sociais, os consumidores respondem cada vez mais engajados e letrados. Acabamos de fazer uma pesquisa em que mais de 70% das pessoas disseram que uma marca que trabalha com sustentabilidade "tem mais vez" na hora de escolherem comprar. Também 66% disseram que se consideram preocupados com o meio ambiente, então vemos que o cuidado e a vontade de conhecer sobre sustentabilidade aparecem cada vez mais — afirma Renata Altenfelder, diretora de marketing das Lojas Renner.
Arregaçando as mangas, a marca trouxe o assunto à tona com o #DiadaModaResponsávelRenner, uma ação presencial em São Paulo e também digital realizada na terça-feira (8) para falar sobre sustentabilidade na moda de uma forma descomplicada e prática. A data faz alusão ao fato de que hoje, a varejista alcançou um patamar no qual oito em cada 10 de suas peças têm algum atributo de sustentabilidade, algo que se vê nos itens marcados com a etiqueta "Selo Re", que informa os clientes sobre as características responsáveis de cada peça.
Empenho com o futuro
Em 2018, o grupo assumiu o compromisso de introduzir processos de produção e matérias-primas que causam menos impacto ao meio ambiente, criando peças a partir de algodão e viscose certificados, jeans reciclado, entre outros materiais. O objetivo, até 2030, é que 100% das peças sejam consideradas mais sustentáveis, por isso, um dos focos é desenvolver mais matérias-primas circulares e regenerativas, reduzindo o uso de materiais oriundos de combustíveis fósseis.
Atualmente, mais da metade das peças de jeans e sarja da marca são produzidas com baixo volume de água e cerca de 40% dos fornecedores já migraram para energias renováveis de baixa emissão. No longo prazo, estas iniciativas visam uma transição para a economia de baixo carbono:
— Já fizemos a transição energética da nossa operação, reduzimos as emissões diretas e agora temos de trabalhar com a cadeia de fornecimento, ou seja, mexer em matéria-prima e processos. Trabalhamos diretamente com a redução de emissões de carbono quando usamos matérias-primas alternativas e esta é a entrega que temos de fazer para realizar a transição para uma economia de baixo carbono. Isso tudo é sobre o que a Renner precisa fazer para que a temperatura do globo não aumente 1,5°C — explica o gerente-geral de sustentabilidade, Eduardo Ferlauto.
Como parte do #DiadaModaResponsávelRenner, a varejista apresentou uma novidade que pode interessar tanto produtores de moda quanto consumidores interessados em um consumo mais consciente, o Guia de Moda Circular, uma cartilha prática que está disponível para download gratuito no site da empresa.
A publicação se propõe a dar exemplos de como é possível aplicar conceitos da economia circular ao setor têxtil, tornando a cadeia produtiva mais responsável. O guia estimula o desenvolvimento de coleções a partir de estratégias que reduzem o consumo de água e de matérias-primas virgens, priorizando insumos e fibras duráveis e recicláveis, além de diminuir a geração de resíduos.
— O guia é um grande símbolo da transformação que estamos fazendo na forma como pensamos o design de moda. Instiga a repensar a nossa forma de criar, trabalhando com matérias-primas menos impactantes e também através de processos que reduzam a utilização de água e sejam mais eficientes. O conceito de moda circular é relativamente novo e a Renner está fazendo o papel dela de provocar e liderar essa frente para que outros varejistas também sigam nesse sentido — afirma a diretora de estilo, Juliana Frasca.