Dar à luz da forma mais natural possível ou optar por sentir o mínimo de dor?
Convidamos duas mães que fizeram suas escolhas ainda na gestação para compartilhar suas experiências sobre o nascimento dos filhos. Em mais um capítulo da série Donna das Minhas Escolhas, veja o relato de Natalia Caliari, que optou pelo parto normal e humanizado.
“Virei uma ativista do parto consciente”
Quando engravidei, já sabia o parto que queria. Desejava uma experiência humanizada, a mais natural possível. Cesárea nunca passou pela minha cabeça. Fui me informando e decidi que meu filho nasceria de parto normal, em casa. Tive uma gestação de baixo risco, tive doula, pré-natal com médico.
E o trabalho de parto foi melhor do que poderia imaginar. Estava à vontade, segura por estar no meu lar. Senti tudo na pele, sem analgesia. Doeu? É claro que sim, e muito. Mas a dor sempre esteve em segundo plano para mim, afinal, mulheres ganham filhos assim há séculos. Sempre achei que seria capaz.
O que mais me apaixona no parto natural e humanizado é que tomamos as rédeas e passamos a ser protagonistas junto do nosso filho. Viver o nascimento do Samuel integralmente foi importante para o processo de me tornar mãe. Na segunda gestação, queria repetir, só que o Nicolas ficou sentado a gravidez inteira, o que impediu o parto domiciliar em razão do risco. Ele nasceu no hospital de parto normal e pélvico, que é raro. Foi natural, me senti respeitada. Bem diferente do primeiro, mas considero maravilhoso.
Ninguém precisa justificar por que fez cesárea, não é errado, assim como decidi por outro caminho.
NATALIA CALIARI
Nas duas experiências, o pós-parto foi tranquilo, não tive laceração, pouca dor. Muita gente questionou minhas decisões sobre o parto normal, a opção de ser em casa ou o próprio parto pélvico. Hoje, se engravidasse novamente, tenho certeza de que faria tudo igual. Virei uma ativista do parto consciente. Ninguém precisa justificar por que fez cesárea, não é errado, assim como decidi por outro caminho. O que defendo é tomar a decisão consciente, buscar informações, questionar o médico, e não simplesmente aceitar discursos prontos.
Natalia Caliari, 37 anos, empreendedora, de Porto Alegre. Mãe do Samuel, de cinco anos, e do Nicolas, dois
Donna das Minhas Escolhas: o outro lado
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