O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse, nesta terça-feira (6), que ficou "chocado e triste" ao saber que o rei Charles III tem câncer, mas que está aliviado porque a doença foi detectada precocemente.
O Palácio de Buckingham anunciou na segunda (5) que o rei começou o tratamento ambulatorial para uma forma não revelada de câncer. A doença foi descoberta durante seu recente tratamento para um inchaço na próstata, mas não está relacionada a essa condição, disse o palácio.
— Felizmente, isso foi detectado precocemente — disse Sunak à rádio BBC, acrescentando que, como primeiro-ministro, ele "continuaria a se comunicar com ele normalmente".
— Ele estará em nossos pensamentos e em nossas orações. Muitas famílias em todo o país que estão ouvindo isso devem ter sido tocadas pela mesma coisa e sabem o que isso significa para todos — disse Sunak. — Portanto, vamos apenas torcer por ele e esperamos que isso seja resolvido o mais rápido possível.
Com menos de 18 meses de reinado, o monarca de 75 anos suspendeu os compromissos públicos, mas continuará com os negócios do Estado — incluindo reuniões semanais com o primeiro-ministro — e não entregará suas funções constitucionais como chefe de Estado.
O palácio disse que Charles, que geralmente goza de boa saúde, "permanece totalmente positivo em relação ao seu tratamento e espera retornar ao serviço público completo o mais rápido possível".
Charles se tornou rei em setembro de 2022, quando sua mãe, a rainha Elizabeth II, morreu aos 96 anos, após 70 anos no trono.
A notícia do diagnóstico do rei chega no momento em que sua nora Kate, princesa de Gales, se recupera de uma cirurgia abdominal que a deixou hospitalizada por cerca de duas semanas.
Kate continua dando um tempo nos deveres reais enquanto se recupera. Seu marido, o príncipe William, que é herdeiro do trono, também tirou uma folga para cuidar dela e dos três filhos do casal, mas deve presidir uma cerimônia de investidura no Castelo de Windsor e um jantar beneficente nesta quarta-feira (7).
O filho mais novo do rei, o príncipe Harry, que deixou os deveres reais em 2020 e se mudou para a Califórnia, nos Estados Unidos, conversou com seu pai sobre o diagnóstico e "estará viajando para o Reino Unido para ver Sua Majestade nos próximos dias", disse o escritório de Harry e sua esposa, Meghan.
Charles assumiu o trono com a intenção de presidir uma monarquia mais enxuta, com menos membros da realeza sênior desempenhando funções públicas cerimoniais. Porém, com Charles e Kate temporariamente afastados, o príncipe Harry autoexilado na Califórnia e o príncipe Andrew em grande parte banido de vista devido a sua amizade com o criminoso sexual Jeffrey Epstein, a "Firma" real corre o risco de se tornar severamente sobrecarregada.
Espera-se que William e a esposa de Charles, a rainha Camilla, assumam compromissos públicos adicionais durante o tratamento do rei. Não há planos atuais de convocar os "conselheiros de estado" — membros seniores da realeza, incluindo a rainha e o herdeiro do trono — para substituir o monarca em deveres constitucionais, como assinar leis e receber embaixadores.