A modelo, jornalista e influenciadora Lygia Fazio morreu aos 40 anos após complicações por colocar silicone industrial e PMMA (polimetilmetacrilato, um componente plástico). A notícia foi divulgada no perfil da modelo no Instagram na quarta-feira (31).
Lygia ficou mais de cem dias internada em 2022 para tentar retirar a aplicação das substâncias do bumbum. O silicone industrial e o PMMA teriam se espalhado pelo corpo dela e desencadeado diversas infecções.
Há três semanas, ela voltou a ser hospitalizada após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). "Pessoal, infelizmente nossa guerreira fez a passagem. Em breve, comunico aqui os horários da despedida dela. Agradecemos mais uma vez todo o apoio", diz uma nota nos stories do Instagram de Lygia.
Em outra publicação, o texto pede que o público respeite a dor das pessoas próximas a Lygia. "Peço que entendam o nosso momento, não conseguimos responder cada mensagem. Além disso, informações do que houve já foram explicadas aqui", afirma o comunicado.
Lygia foi musa do Coritiba e da Acadêmicos do Grande Rio no Carnaval, além de assistente de palco do programa de TV Legendários, apresentado por Marcos Mion de 2010 a 2017.
O velório e a cremação de Lygia serão realizados nesta quinta-feira (1º), no cemitério e crematório Valle dos Reis, em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo. Lygia deixou dois filhos: Davi e Thor.
Procedimentos clandestinos
A apresentadora Flavia Noronha desabafou no Instagram sobre a questão de saúde da modelo. "Gente, até quando esses médicos assassinos vão colocar PMMA nas pessoas? Isso é crime! Tem que ser proibido. Descanse em paz, @lygiafazio", escreveu ela, que foi colega de faculdade de Lygia.
A jornalista Meiri Borges, amiga de longa data de Lygia, fez uma série de vídeos em seus stories falando sobre a morte da amiga. Ela disse que as declarações foram um pedido da própria Lygia. Meiri fala, no vídeo, que acompanhou o processo da modelo nos últimos três anos e que tudo começou quando ela colocou uma substância para deixar o glúteo maior.
— Ela queria sempre estar mais bonita, se sentir melhor, e buscou ajuda de pessoas que não eram profissionais. Por um tempo, acho que os profissionais aplicavam substâncias que eram legalizadas e tal, mas, depois de um tempo, ela queria mais e os médicos não queriam fazer e ela foi pra procedimentos clandestinos — explicou.
A amiga prosseguiu dizendo que essa foi a bomba-relógio da vida de Lygia.
— O silicone industrial misturado com PMMA começou a espalhar pelo corpo dela, deu infecção, uma bactéria, ela tentou cura, tirar essa substância, mas não saiu por inteiro e isso gerou muitas infecções. Ela teve recentemente um AVC que a deixou hospitalizada — completou Meiri.