Uma mulher que processou o cantor Bob Dylan por abuso sexual desistiu do caso depois que os advogados do artista a acusaram de destruir provas. A denúncia, feita em agosto do ano passado, diz que Dylan teria abusado dela por um período de seis semanas entre abril e maio de 1965, quando a demandante tinha 12 anos.
Segundo o relato, o cantor teria "explorado seu prestígio como músico" para fornecer "álcool e drogas e abusar sexualmente" da menina.
Na quarta-feira (27), a equipe jurídica de Dylan enviou uma carta ao tribunal federal norte-americano acusando a denunciante de deletar mensagens de texto importantes e sugeriu que "sanções monetárias" eram necessárias. Já na quinta (28), a mesma equipe informou que a mulher havia desistido de ir adiante.
"O caso está encerrado", disse Orin Snyder, principal advogado de Dylan, em nota à AFP. Os advogados da mulher não se manifestaram.
Acusações
Identificada apenas como "J.C.", a mulher relatou, em sua denúncia, que teria sido dopada com entorpecentes e bebidas alcoólicas no famoso apartamento do cantor no Chelsea Hotel, na cidade de Nova York.
"Bob Dylan tornou-se amigo e estabeleceu uma conexão emocional com a vítima", afirmam os documentos do caso.
A acusação ainda alega que Dylan teria utilizado ameaças de violência física contra a menina, comportamento que teria causado danos emocionais e psicológicos que perduram até hoje. Agora, com 68 anos, ela pedia reparações ao artista, que nega todas as afirmações.