O problemático bilionário norte-americano Robert Durst, recentemente condenado à prisão perpétua pelo assassinato de sua melhor amiga, morreu nesta segunda-feira (10), aos 78 anos, informou um de seus advogados.
Durst morreu na prisão, de "causas naturais relacionadas à longa lista de problemas médicos", declarou Chip Lewis. Durst cumpria prisão perpétua na California Health Care Facility, uma prisão em Stockton.
Ele foi preso após ser considerado culpado, por um tribunal de Los Angeles, de matar sua amiga Susan Berman com um tiro na cabeça em 2000, em Beverly Hills. Durst confessou o crime durante a gravação de um programa de TV, de forma involuntária. Falando sozinho, não percebeu que o microfone ainda estava ligado durante gravação.
Segundo a promotoria, Durst matou a amiga com o objetivo de encobrir seu papel no assassinato de sua esposa, Kathleen. O bilionário queria impedir que Susan respondesse às perguntas dos policiais que lideravam a investigação sobre o desaparecimento de sua mulher em 1982. O magnata sempre negou o fato.
Ovelha negra de uma das maiores famílias imobiliárias de Nova York, Durst foi preso em março de 2015, às vésperas da exibição do último episódio da série documental da HBO sobre sua vida, intitulada The Jinx: A Vida e as Mortes de Robert Durst.
O documentário retratou mais um episódio sangrento de sua vida: o assassinato de um de seus vizinhos, que ele teria desmembrado e atirado ao mar.
Durst foi absolvido do crime graças a um exército de advogados de prestígio que invocaram uma forma de legítima defesa, misturada com um tiro acidental e atos cometidos sob a influência de álcool.
Na série, Durst pareceu confessar involuntariamente, quando murmurou para si mesmo em um banheiro, com seu microfone ainda ativo:
— O que eu fiz? Matei todos eles, é claro.
Mais tarde, ele argumentou que estava drogado durante as filmagens do documentário e que suas falas não significavam nada em particular.