O ex-ator Thiago Gagliasso aproveitou sua participação no Congresso Politicamente Correto (CPI) no sábado (18) para fazer um stand-up sobre o rompimento familiar com seu irmão Bruno Gagliasso. Na ocasião, segundo informações do jornal O Globo, o artista estava ocupando o lugar do secretário especial da Cultura, Mario Frias, que estava cumprindo quarentena de quatro dias após ingressar no Brasil sem passaporte sanitário.
— Quando eu tive esse rompimento familiar com meu irmão, eu abri o olho para muita coisa. Minha vida seria mais fácil se eu estivesse lá em Fernando de Noronha nadando com golfinho e sendo mais um alienado — afirmou Thiago, em referência à pousada do irmão em Noronha.
Na mesa Cultura Nacional Dominada pelas Esquerdas e pelo Politicamente Correto, ele afirmou que começou a estudar política após as eleições de 2018. Thiago defende a administração de Jair Bolsonaro e já chegou a participar de atos a favor do presidente, enquanto Bruno é crítico do governo. Eles deixaram de se falar justamente por conta das desavenças políticas.
— Como quem encontra Jesus, eu encontrei na política uma diretriz — afirmou Thiago.
Ainda em relação a Bruno, reafirmou que os dois cortaram relações e reclamou:
— Não falo mais com meu irmão e ele era um dos meus melhores amigos. Hoje, é aniversário do meu sobrinho e nem convite eu tenho.
Entre diversas imitações de Bolsonaro, Thiago também criticou a classe artística, o meio "prostituído" do entretenimento e o filme Marighella, que tem Bruno no elenco:
— Nossos heróis nacionais estão aqui, são os pais de família.
Thiago ainda relembrou a Lei Paulo Gustavo que, apesar do combate da administração federal, foi aprovada em setembro pelo Senado sugerindo repasses de R$ 3,8 milhões a Estados e municípios para minimizar os efeitos da pandemia no setor cultural. O ator elogiou Paulo Gustavo, morto pela covid-19 neste ano, mas ressaltou que, se estivesse vivo, não aprovaria a lei.
Entre os presentes no evento, estiveram Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) e investigado no inquérito das rachadinhas, e o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), que está proibido de falar com veículos de comunicação sem autorização judicial conforme determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.