A atriz Cleo Pires usou seu perfil do Instagram na noite desta sexta-feira (12) para fazer um desabafo sobre as crises que tem por conta da compulsão alimentar em conjunto com a Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune que dificulta a ingestão de certos alimentos. De acordo com ela, a condição a deixa muitas vezes com dor no corpo e sem energia. Ao falar sobre o assunto, primeiramente agradeceu o apoio que recebe de sua equipe de trabalho nos dias em que sua saúde não está bem.
— Queria, mais uma vez, agradecer imensamente à minha equipe, que me ajuda em todos os momentos, que me apoia emocionalmente, fisicamente, psicologicamente. Não é fácil quando a Hashimoto ataca. Você fica sem forças, sem energia, seu corpo dói, você não consegue fazer nada. Só que eu sou muito exigente, gosto muito de trabalhar e odeio faltar com meus compromissos, então, eu vou e sem minha equipe não sei se conseguiria fazer metade das coisas que eu faço. Principalmente quando a minha saúde está gritando. Então, eu amo vocês — declarou-se ela.
Em seguida, Cleo comparou a sensação da doença após uma crise de compulsão alimentar com "um trator passando em cima de você".
— Tem fases que a compulsão vem e você não consegue ter domínio. E ela ataca muito a Hashimoto, porque você não tem compulsão de comer salada, tem compulsão de comer coisas que tem lactose, glúten, açúcar e a compulsão e o excesso fazem a Síndrome do Hashimoto gritar. Você fica parecendo que está doente mesmo, acabada, parece que passou um trator em cima de você — descreveu.
Por fim, disse que, por conta de sua saúde, não está conseguindo acompanhar com tanta frequência a participação do irmão, o cantor Fiuk, no Big Brother Brasil 21 - mas reforçou que sente orgulho do cantor por querer se "desconstruir" de seus preconceitos e privilégios, e que não concorda com os discursos de ódio contra ele.
— Todo mundo ama meme, se zoa, supertranquilo. Agora, julgar uma pessoa e começar um discurso de ódio e um surto coletivo de ódio contra essa pessoa, que está ali se colocando à prova, querendo crescer e evoluir, porque isso está claro que ele quer... Um menino que já estava em contato com estudo de gênero, do lugar de privilégio que ele ocupa, sendo um homem branco cis, hétero, tudo aquilo que ele fala. Sinto orgulho em ele ser um homem com tantos privilégios e querer desconstruir, entender como pode contribuir com o entorno dele através desses privilégios — disse ela.
— Não concordo com algumas atitudes e posicionamento que ele tem ali dentro, mas não achei nada grave, nada machista, racista ou LGBTfóbico, achei um menino em um processo de construção ainda vendo as coisas como referentes a ele, e faz parte — concluiu.