A cantora Maria Rita resolveu radicalizar no visual e raspar o cabelo. Aos 43 anos, ela explicou que queria deixar os fios "virgens" de novo e que, agora, depois da mudança, se sente "livre" e "mais forte" do que antes.
Confira:
Em entrevista à revista Vogue Brasil, publicada nesta quinta-feira (15), a artista detalhou melhor o que a motivou a raspar o cabelo. Questionada se a atitude tinha algo a ver com a sua mãe, Elis Regina, que também apostava no mesmo corte, ou com o Outubro Rosa, mês que conscientiza sobre a prevenção do câncer de mama, explicou:
— Na verdade, o que aconteceu foi que eu queria ver meu cabelo virgem de novo. Desde o álbum Samba Meu, em 2007, talvez um pouco antes, vinha colorindo o cabelo. Em 2012 tive a gravidez da Alice que, além de mudar a textura do meu cabelo, também me fez perder fios. Aí depois deixei o cabelo crescer, depois cortei o cabelo e fiz franja, passei produto, pintei de preto, enfim. Já vinha falando disso, de como fazer para ver o meu cabelo virgem, comecei a usar produtos veganos, e meu cabelo reagiu diferente, ficou um pouco mais armado, faltava só a questão da cor. Pensei: estou fazendo nada, fui lá e raspei (risos) — relatou.
Ainda à publicação, contou que se sente mais livre com o corte.
— Eu me sinto livre e honestamente me sinto mais forte do que já me entendi ser porque sinto esse processo de me libertar de um lugar comum que é a sensualidade usando o cabelo. É muito forte, uma outra experiência. Falei brincando para uma amiga minha: "Quero ver que homem agora vai me suportar. Já não era aquela Mariazinha, fofinha, queridinha logo ali. Agora de cabelo curto o cara tem que ser muito forte pra segurar essa onda". Estou me sentindo ótima com esse cabelo. Nas fotos dá para perceber que já cresceu um pouco. Estou querendo raspar de novo (risos)! É realmente um processo de descoberta, de libertação de tirar camadas que recomendo muito — disse.
Maria Rita ainda discorreu sobre a função do cabelo na feminilidade.
— Por que assim que é ser feminino? A mulher hoje em dia é tudo, ela é muita coisa ao mesmo tempo. São muitos papéis sociais que a gente adquiriu ou que escolhemos viver ou não. Cabelo comprido não significa ser mais feminina ou menos. Essa definição de feminilidade é de cada um. Para mim, ser feminina é ser muito forte, é ser decisiva, corajosa, livre. Isso para mim tem muito a ver com feminino e não necessariamente um cabelo comprido, liso, unha clarinha — apontou.
Por fim, deu um conselho para quem está pensando em fazer o mesmo.
— Cabelo cresce! E cresce rápido! Se joga. A vida é curta — concluiu.