Em entrevista ao portal Ela, do jornal O Globo, publicada neste domingo (30), a atriz Tainá Müller, que retorna às telas da TV Globo na reprise da novela Flor do Caribe, de 2013, discorreu sobre as mudanças daquela época até hoje. De acordo com ela, a Tainá de sete anos atrás era “mais angustiada, mais perdida, não tinha muito foco, ia vivendo as coisas".
— Sou completamente diferente. Esses anos me fizeram bem. Gosto mais de mim hoje — afirmou. — É uma palavra até "clichezenta", mas hoje me sinto mais empoderada. A onda feminista me pegou em cheio.
Ao analisar o passado, a gaúcha percebe a diferença até no tipo de personagem que interpretava.
— Eu tinha muita vontade de fazer uma protagonista pensante. E sempre me chamavam para fazer a namorada, a musa, aquela que perturbava a mente complexa do macho protagonista. Nunca era sujeito, era sempre objeto — refletiu.
Tainá também pontuou situações que não toleraria hoje — como assédio no ambiente de trabalho e as "piadas machistas" que, segundo ela, eram normalizadas no Estado onde nasceu.
— Hoje, não conseguiria tolerar um chefe abusivo, um namorado controlador. Mas já tive que lidar com tudo isso. Namorado que terminou comigo e passou a me infernizar assim que encontrei outra pessoa, diretor que fez piadinha de cunho sexual enquanto eu estava nua no set para gravar uma cena, a normalização de piadas machistas durante todo o início da minha vida no Rio Grande do Sul — pontuou.