Na sexta-feira, dia 10, Claudia Leitte apresentou uma live especial, batizada de Quarentando na Quarentena. O motivo: na data, a musa completou 40 anos. O show online, transmitido pelo canal da artista no YouTube, teve as participações do cantor haitiano J. Perry e de Dennis DJ. Ela relembrou hits da época em que foi vocalista do Babado Novo, como Safado, Cachorro, Sem-Vergonha, além de canções de sua carreira solo, como Largadinho e Exttravasa. A cantora, nesta entrevista exclusiva, fala sobre a chegada a uma idade emblemática, que já foi vista com preconceito, mas que, hoje, é quase sinônimo de recomeço.
Como você se vê hoje, aos 40 anos, uma idade que, antigamente, já foi vista com preconceito, principalmente entre as mulheres, em função do envelhecimento?
Infelizmente, o machismo fez com que, por muitos anos, as mulheres fossem vistas com preconceito quando completavam 50, 60, 70, 80 anos, por exemplo. Mas, hoje, estamos cada vez mais conscientes de quem somos para nós mesmas e do nosso papel na sociedade. Somos o que quisermos ser, independentemente do que digam, da idade ou das circunstâncias. Aos 40 anos, eu sinto que estou apenas começando tudo ainda, porém, mais madura. Estou ansiosa pelas músicas e tudo mais que vem por aí. Eu me sinto plena.
Quando estava no grupo Babado Novo (de 2001 a 2008), com vinte e poucos anos, como imaginava que chegaria aos 40 anos?
Eu acho que não ficava criando tantas expectativas quando tinha essa idade, as coisas estavam acontecendo de forma intensa e era tudo novo. Eu estava vivenciando da melhor forma possível aquilo tudo. O que eu tinha certeza é que teria fãs maravilhosos e uma família unida. Sou feliz por esses pontos terem se concretizado e por continuar fazendo música. Espero responder essa pergunta daqui uns 20 anos e ver que construí muita coisa boa através da música.
Normalmente, a chegada aos 40 anos representa um período de mudanças. Como tenta influenciar e ajudar mulheres, que são suas fãs, a passarem bem por essa fase?
Acho que temos que desmistificar. É maravilhoso chegar aos 40 anos. Me sinto uma mulher madura e pronta para me experimentar em ainda mais lugares dentro da música. É como dizem: a vida começa aos 40. Por isso, estou feliz em festejar. Acho que temos que celebrar sempre cada nova primavera.
Como tem sido o período de isolamento social? Sente falta daquele agito dos shows e das viagens?
Entendo que tudo é necessário, prezando algo maior, que é a saúde e a segurança de todos. Isso torna o isolamento social menos difícil. Mas sinto falta dos shows e de estar com o público, dos abraços e daquele carinho que só acontece nos palcos. Porém, as lives e redes sociais nos ajudam a ficar próximos das pessoas neste período, e isso tem ajudado bastante. Quanto à família (Claudia está na sua casa, em Miami, nos Estados Unidos, com o marido, Márcio Pedreira, 40 anos, os filhos Davi, 11, Rafael, oito, e Bella, 10 meses, além dos pais, Claudio, 64, e Ilna, 63), é sempre maravilhoso ficar ao lado deles o tempo que for.