A atriz Bruna Linzmeyer, 27, ganhou o Prêmio Félix de personalidade do ano durante o encerramento da 21ª edição do Festival do Rio. O evento, considerado o maior festival de cinema da América Latina, teve início em 9 de dezembro e terminou na noite desta quinta (19), com a tradicional cerimônia de premiação. A solenidade aconteceu no Museu do Amanhã, localizado no centro da capital fluminense.
– Acho que é um desafio estar com esse microfone para falar em nome desse coletivo que é múltiplo, maravilhoso, imenso e muito maior que eu – afirmou a atriz, em referência à comunidade LGBTQI+.
– Não seria possível estar aqui sem que muitas estivessem antes de mim. É muito trabalho não baixar a cabeça para a normatividade que é dada a todos nós. Isso demanda tempo, esforço e coragem – acrescentou.
Bruna disse ainda que ela e todos os seus companheiros do audiovisual "têm o poder e a poesia de fazerem outros futuros serem possíveis". Ela dedicou o troféu a todas as mulheres que amou e que lhe amaram, às que "estão no armário", às que não se descobriram, e a outras pessoas também.
No início de outubro, Bruna revelou o fim do relacionamento com Priscila Fiszman, com quem namorou por três anos. Recentemente, foi vista em uma praia na presença de um novo affair.
Quase cancelado
Em razão da saída de grandes patrocinadores, como Petrobras e BNDES, o Festival do Rio quase foi cancelado. Sua realização só foi possível após a realização de um financiamento coletivo.
Fábio Porchat, que apresentou o evento, afirmou que o festival, cuja programação teve cerca de 200 filmes, entre nacionais e internacionais, é uma vitória de todos:
– No meio de tanta crise, a cultura estar nesse lugar e a gente colaborar é muito bom. Eu também colaborei. É uma vitória do conjunto – disse.
O ator também comentou sobre as recentes polêmicas em torno do Especial de Natal do Porta dos Fundos:
– É sempre bom quando a arte faz com que os males saíam dos seus covis. Acho que esse especial escancarou a homofobia que existe nesse país. Quando fazemos isso e as pessoas se ofendem por Jesus ser gay, isso diz muito sobre elas. Ser gay é uma característica, como ser gordo, magro, alto ou baixo – afirmou.
– Ser atacado por homofóbicos e milicianos mostra que estamos no caminho certo. Se fossem os LGBTQ+, teríamos errado miseravelmente.