A atriz Jameela Jamil, 33 anos, foi às redes sociais protestar contra a lei recém-aprovada no estado norte-americano da Georgia que criminaliza o aborto. Em sua conta no Twitter, a estrela da série The Good Place se pronunciou contra a decisão, que considera conservadora.
"Esta lei anti-aborto na Geórgia é tão perturbadora, desumana e ostensivamente demonstrativa de ódio às mulheres. Um desrespeito pelos nossos direitos, corpos, saúde mental e, essencialmente, uma punição para as vítimas de estupro, forçando a cuidar do bebê de seu estuprador", completou a atriz em seu post.
A lei aprovada impede o aborto a partir do momento em que o coração do feto puder ser detectado, o que costuma ocorrer por volta da sexta semana de gestação. O que mais chamou atenção no relato de Jameela foi sua própria experiência:
"Fiz um aborto quando eu era jovem e foi a melhor decisão que eu já tomei. Para mim e para o bebê que eu não queria, não estava pronta para cuidar dele nem emocionalmente, nem psicologicamente ou financeiramente. Tantas crianças vão parar em orfanatos. Tantas vidas arruinadas. Tão cruel".
A atriz Alyssa Milano, ativista do movimento #MeToo, também se posicionou sobre o assunto. Nas redes sociais, ela convocou mulheres a participarem de uma "greve de sexo" contra a nova legislação.
"Até que as mulheres possam ter controle total sobre os próprios corpos, não podemos arriscar uma gravidez. Junte-se a mim em não fazer sexo até que recuperemos a autonomia sobre nossos corpos", escreveu ela.
A lei apelidada de "heartbeat", ou lei dos "batimentos cardíacos", foi sancionada pelo governador da Géorgia, Brian Kemp, no dia 7 de maio, e entrará em vigor em 1° de janeiro.