Fã chorou ao encontrar Gisele Foto: André Ávila Mãe e filha viajaram 270 km para encontrar Gisele | Foto: André Ávila Elis foi ao evento com uma camiseta com o rosto da modelo | Foto: André Ávila Amigas Martina e Adriana foram as últimas a pegar um autógrafo de Gisele | Foto: Rafaella Fraga
Pouco antes das 16h deste domingo, 11, Gisele Bündchen surgiu no mezanino da Livraria Cultura, em Porto Alegre, vestindo uma camisa preta com transparência, um short de alfaiataria e sandálias de tiras e salto agulha nos pés, para loucura dos fãs que se espremiam no andar inferior em busca de uma foto da modelo.
– Gaúcha! – gritou uma.
– É tão bom voltar pra casa, né? – respondeu Gisele, acenando e jogando beijos.
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A übermodel esteve na capital gaúcha para o lançamento de seu livro Aprendizados – Minha Caminhada Para Uma Vida Com Mais Significado, lançado no Brasil pela editora Best Seller. Ela chegou acompanhada da família Bündchen, as cinco irmãs e os pais Vânia e Valdir.
O marido, o jogador de futebol americano Tom Brady, e os filhos Benjamin e Vivian não compareceram. Ele, aliás, entrou em campo na partida do New England Patriots contra o Tennesse Titans, pela Liga de Futebol Americano.
– Meu marido perdeu o jogo. Mas é assim, é da vida, né? – comentou Gisele, ao saber do resultado.
A gaúcha tomou chimarrão nos bastidores e compartilhou o momento com um vídeo no Stories do Instagram, cantou um trecho de Céu, Sol, Sul de Leonardo e comentou sobre o calor de mais 34°C que fazia na cidade.
– Esse verão dos gaúchos... – disse aos fotógrafos, enquanto posava para fotos em frente ao backdrop do evento.
Depois, foi a vez de receber o carinho dos fãs. E não foi pouco. A sessão de autógrafos durou mais de quatro horas – o dobro do tempo previsto pela organização.
O mezanino da loja ficou fechado. Só quem garantiu uma das 150 senhas distribuídas na última semana podia entrar no local. Não era permitido fazer selfies ou gravar vídeos com Gisele na mesa de autógrafos.
Quem ficou de fora pouco pode fazer. Uma tapadeira impedia que curiosos vissem Gisele do andar inferior. Alguns buscavam uma brecha para fazer fotos.
Apesar dessas restrições, não houve tumulto. A segurança foi reforçada e entre os funcionários, o clima era de normalidade, mesmo com a presença de tamanha celebridade.
– A diferença dessa para outras sessões de autógrafos que acontecem aqui é a presença da imprensa mesmo - explicou Peterson Rodrigues, um dos atendentes.
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Primeiro da fila, Alberto Aita, 54 anos, demonstrava ansiedade. Ele chegou ao local as 9h15min, quando a livraria ainda estava fechada.
– Compensa. A Gisele é uma pessoa maravilhosa. Conhecer ela vai ser uma grande aventura – afirmou. – Já decorei o que vou falar pra ela.
Na saída, revelou o que disse à top no breve encontro.
– Agradeci a ela por ser tão humilde – disse, surpreendido pela simpatia da gaúcha.
Carolina Nusvald, 36 anos, desceu as escadas do mezanino chorando. A administradora de empresas de Viamão, na Região Metropolitana, não conteve as lágrimas ao ficar cara a cara com a top.
– Cheguei chorando e abracei ela logo de cara. Estava muito nervosa, disse que ela era uma pessoa iluminada. E ela me abraçou de volta, com força – contou.
Carolina chorava tanto que Gisele resolveu ajudar.
– Ela me dizia: “calma, respira fundo” e me alcançou um guardanapo para eu me secar – detalhou.
A gerente comercial Simone Sebben Salvi, 31 anos, estava na fila com a filha Maria Gabriela, oito anos, que é modelo desde os quatro e a “maior fã de Gisele”, segundo a mãe. As duas viajaram de Nicolau Vergueiro, a cerca de 270 km de Porto Alegre, para realizar o sonho da menina.
– É um momento muito especial pra nós. Desde os dois anos, ela quer conhecer a Gisele – disse a mãe.
As duas vestiam camisetas personalizadas com a imagem de Gisele. Uma versão igual seria dada de presente para a top. A menina ainda preparou uma carta de 20 metros para entregar para a modelo.
– Estou muito feliz – repetiu a pequena.
Também na expectativa na fila, Elis Cunha, 50 anos, estava emocionada antes mesmo de começar a caminhar em direção ao mezanino. Ela disse se identificar com alguns dos desabafos de Gisele escritos no livro.
– Lendo o livro, me dei conta de coisas que eu também preciso mudar na vida. Ela me deu uma luz, sabe? Para ter mais disciplina, organização, pensar coisas mais positivas – explicou. – Tem gente que não entende. Por que gostar da Gisele? Não é só por ser a modelo. Ela é uma inspiração – completou.
Últimas da fila, as amigas Martina da Costa Londero e Adriana Tyllmann, ambas de 21 anos, esperaram mais de quatro horas para ver Gisele de pertinho.
– Eu estava muito nervosa. Ela é minha ídola, é a pessoa que mais admiro no mundo. Me concentrei pra não chorar, mas quando olhei pra ela, eu desabei. Foi incrível, um dos momentos mais importantes e especiais da minha vida. Nunca vou esquecer – disse Adriana, emocionada, após o encontro.
Mãe de Gisele se emociona com livro: "Chorei muito"
Discreta, Vânia Bündchen circulava entre os corredores da livraria enquanto Gisele posava para os fotógrafos. Poucos reconheceram a mãe da top, apesar da semelhança com a filha famosa. Alguns pediram selfies e, embora tímida, Vânia aceitou. Se disse impressionada com o carinho dos fãs.
– Isso é muito especial mesmo.
Vânia disse que Aprendizados mostra que a vida de sucesso da filha não era “um mar de rosas”.
– Todos pensam que é, mas não. Lendo o livro vocês vão ver que a vida de uma pessoa pública pode ser bem complicada. Todo mundo só vê o glamour. Também por isso ela resolveu escrever, né? Contar a verdade da história dela – observou
Vânia admitiu ter se emocionado ao relembrar algumas histórias descritas por Gisele no livro, principalmente os momentos em que a modelo fala da família e da vida no interior.
- Ah, eu chorei muito, porque remete ao nosso passado, né?
Gisele no Brasil
Gisele chegou ao Brasil na tarde de sexta-feira, 9, quando desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. No sábado, 10, ela participou do lançamento do livro em um shopping da capital paulista, um evento também restrito, com 250 fãs.
Em Aprendizados, a gaúcha de 38 anos abre o baú de memórias e faz algumas reflexões sobre a vida pessoal e profissional, desde quando saiu da pequena cidade de Horizontina, no interior do Estado, até ser eleita a mais bela e bem paga modelo e, por fim, a aposentadoria das passarelas em 2015.
Nos Estados Unidos, o livro já é um dos livros mais vendidos, segundo o The New York Times.
Defensora do meio ambiente, a top abriu mão dos lucros com as vendas da obra e vai destinar os recursos ao projeto Água Limpa, uma iniciativa criada em 2010 pela família Bündchen em Horizontina, cidade onde ela nasceu e cresceu no Rio Grande do Sul.
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