A modelo Emily Ratajkowski, detida durante uma manifestação contra o juiz Brett Michael Kavanaugh, acusado de assédio sexual, respondeu às críticas recebidas pela roupa que usou no protesto. Seguidores disseram que Emily usou um look "sexy demais" – era uma regata branca e a modelo estava sem sutiã. No Twitter, ela rebateu os comentários:
"Parem de me dizer como vestir ou o que fazer com o meu corpo, obrigada".
O protesto em questão ocorreu na quinta-feira, 4. Milhares de mulheres foram às ruas contra a nomeação do juiz, acusado pela professora Christine Blasey Ford de tentar estuprá-la em 1982. Desde que Christine contou a sua experiência, outras duas mulheres fizeram denúncias semelhantes.
O episódio gerou uma onda de apoio entre mulheres nas redes sociais com as hashtags #BelieveSurvivors e #BelieveWomen.
Além de Emily, a atriz Amy Schurmer também foi detida.
No sábado, 6, por 50 votos a favor, 48 contra e uma abstenção, o Senado dos EUA confirmou a nomeação de Kavanaugh, que passará a ser juiz da Corte Suprema. Ele foi indicado ao cargo pelo presidente Donald Trump. Em uma entrevista, o presidente afirmou que é “um tempo muito difícil para ser homem jovem nos Estados Unidos”.
No dia 27 de setembro, o comitê do Senado ouviu o depoimento da professora de psicologia Christine Blasey Ford. Ela contou ter sido agarrada por Kavanaugh durante uma festa, quando os dois eram adolescentes. Ela afirmou que ele tentou tirar sua roupa à força e que acreditou que ele tinha a intenção de estuprá-la. Na época do caso relatado, Christine tinha 15 anos, e ele tinha 17.
Ford disse estar absolutamente certa de que ele era o agressor, mas não conseguia lembrar de certos detalhes.
O magistrado se defendeu das acusações e negou ser o agressor. "Não questiono que a doutora Ford tenha sido atacada sexualmente por alguém em algum lugar em algum momento. Mas não por mim. Nunca ataquei ninguém", afirmou.
Leia mais:
:: Modelo é detida em protesto contra juiz Kavanaugh por caso de assédio sexual nos EUA:: Caso da professora que acusa juiz dos EUA de assédio sexual gera onda de apoio de mulheres; entenda
