:: Por que Anitta mostrar a celulite no clipe de “Vai Malandra” é tão importante:: Clara Averbuck sobre o clipe de Anitta: “Quem vende empoderamento não pode empregar abusador” Foto: Mateus Bruxel
Algumas arrasaram em seus campos de atuação. Outras, se destacaram pelo que fizeram ou representaram para bandeiras femininas, como a igualdade de gênero, a quebra de estereótipos e o fim do assédio no mercado de trabalho. Confira 17 mulheres que marcaram 2017 no universo feminino e, como não poderia deixar de ser, nas páginas de Donna.
Anitta
Precisa explicar? Seu projeto checkmate, de lançar um clipe por mês, fez com que se falasse nela desde setembro e encerrou 2017 com chave de ouro: Vai Maladra tem tudo para ser o hit do verão, bateu recorde no YouTube (16 milhões de visualizações em um dia) e botou o país a debater (e aplaudir) sua celulite.
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Carol Duarte
No papel de Ivana, que ao longo da novela A Força do Querer se transformou em Ivan, a atriz revelação sensibilizou o Brasil para a causa transgênero com uma atuação intensa, corajosa e emocionante. E vale menção honrosa à autora Glória Perez, que colocou o tema em discussão em pleno horário nobre.
Fátima Bernardes
Se em 2016 Fátima e William Bonner partiram nossos corações anunciando a separação, nesse ano a apresentadora voltou a aquecê-los com a total naturalidade que demonstrou ao assumir namoro com Túlio Gadelha, advogado 26 anos mais novo. Que venham mais Fátimas até a diferença não ser mais digna de nota.
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Fluvia Lacerda
O ano marcou o reconhecimento no Brasil da modelo que já é considerada a "Gisele plus size" há um bom tempo no Exterior. Começou o ano na capa do especial de verão da Playboy, vestiu a primeira coleção de moda praia do estilista Ronaldo Fraga na São Paulo Fashion Week e lançou sua autobiografia.
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Gal Gadot
Além de arrebentar bilheterias como a protagonista de Mulher-Maravilha (o filme arrecadou US$ 821,7 milhões pelo mundo), a atriz israelense usou o seu poder fora da tela: negou-se a participar da continuação do filme caso o produtor Brett Ratner, denunciado por assédio, continuasse ligado ao projeto.
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Ieda Wobeto
A canoense não apenas participou do Big Brother Brasil aos 70 anos, ela também chegou à final do programa recusando rótulos como a de "mama" e outros clichês que já não cabem às mulheres da sua idade. Não bastasse, chamou a atenção a forma como ela acolheu a conterrânea Emily, vítima de abuso na casa.
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Ivete Sangalo
Que Ivete é um furacão, sabemos há décadas. A novidade é ser um furacão em dose tripla. Aos 45 anos e grávida de gêmeas, a baiana demonstrou que um barrigão não é impeditivo para nada: fez shows, apresentou programas e só descansará em fevereiro, quando nascem as pequenas herdeiras de tanto axé.
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Karol Conká
A rapper assumiu um dos programas mais longevos e bacanas da TV a cabo, o Superbonita, do canal GNT, com a missão de propor uma nova abordagem ao conceito de beleza, ligado a diversidade e aceitação. Tirou de letra. No palco, causou rebuliço com Lalá, música que fala sobre sexo oral deles "lalá" nelas.
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Maisa Silva
Imagine encarar ao vivo brincadeiras machistas, como a crítica por "não ter namorado aos 15 anos", de um senhor de 87 anos que também é seu chefe e um dos homens mais poderosos do país. Com elegância, Maisa Silva não deixou barato os comentários de Sílvio Santos, ganhando respeito e solidariedade da audiência.
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Mayra Aguiar
É da atleta da Sogipa o maior feito do esporte brasileiro em 2017. A judoca foi à Hungria para conquistar seu segundo título mundial até 78kg. Mayra fez um campeonato perfeito, superando no tatame a atual campeã, japonesa, e a francesa que lhe tirou do caminho do ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.
Monalysa Alcântara
Um dos motivos que levou Monalysa a vencer o Miss Brasil é evidente: a beleza. Mas quem assistiu ao concurso percebeu que o diferencial foi a desenvoltura ao microfone: a piauiense prometeu dar "voz e poder" às mulheres, com "vontade e inteligência para passar por cima do preconceito e do machismo".
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Su Tonani
Tão logo saiu da TV Globo, a figurinista relatou a um blog ter sido assediada pelo ator José Mayer. O episódio deu início a uma enorme onda de solidariedade que ganhou a hashtag #MexeuComUmaMexeuComTodas. Recentemente, o fenômeno se repetiu em Hollywood, com atrizes encampando a hashtag #MeToo.
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Taís Araújo
O que ela não fez em 2017? Defensora dos Direitos das Mulheres Negras da ONU, Taís comoveu o Brasil com um TEDxSãoPaulo sobre ter um filho negro em um país racista, se destacou como apresentadora do programa Saia Justa, foi homenageada pelo U2 e ainda arrasou na peça O Topo da Montanha.
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Taylor Swift
Uma das personalidades do ano na capa da revista Time como "As quebradoras do silêncio", Taylor ingressou e venceu um processo por assédio a um radialista que agarrou sua bunda em um ensaio. Para mostrar que o fazia apenas pela visibilidade pública do processo, ela pediu indenização de US$ 1,00.
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Valentina Sampaio
A modelo brasileira de olhos verdes e lábios carnudos foi a primeira mulher transexual na capa da revista Vogue Paris. Sua trajetória do interior do Ceará até as passarelas internacionais também foi tema de reportagem de Donna, em fevereiro. Também aqui, Valentina foi a primeira transgênero a estampar uma capa.
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Valesca de Assis
Sua escolha como patrona da Feira do Livro de Porto Alegre foi cercada de simbolismos. Além de receber o bastão de outra mulher, algo inédito, é o reconhecimento a uma autora longeva que, em seu último romance, ingressou em temas como a violência doméstica e o linchamento da opinião pública.
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Viola Davis
Vencedora de diversos prêmios por Um Limite Entre Nós (incluindo o Oscar), a atriz comoveu plateias discursando contra a pobreza. No mais emocionante deles, na American Civil Liberty Union, lembrou de quando gastava a sola dos sapatos a caminho da escola a ponto de sentir as meias tocando o asfalto frio.
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