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Há 48 anos, uma intervenção policial em um típico bar gay de Nova York enfrentou a resistência de seus frequentadores, entre eles, lésbicas, gays e bissexuais. O episódio se tornaria, um ano depois, em 1970, motivo de orgulho e incentivo para a organização da primeira Parada LGBT do mundo. Foi assim que o dia 28 de junho ganhou o título de Dia Internacional do Orgulho LGBT.
Assunto cada vez mais comentado, é comum ver celebridades apoiando a causa e assumindo a homossexualidade. Entre elas, nomes como as norte-americanas Ellen Page e Ellen DeGeneres e as cantoras brasileiras Maria Gadú e Daniela Mercury.
Daniela Mercury
A "Rainha do Axé", apelido carinhoso recebido ao longo dos 25 anos de carreira, falou pela primeira vez sobre o relacionamento com a produtora Malu Verçosa em abril de 2013. Casadas desde então, as duas renovaram os votos no Carnaval de Salvador deste ano, em cima do trio elétrico Pipoca da Rainha.
Contra os discursos de ódio, Daniela já estampou capas de revistas ao lado da mulher, é ativa nas redes sociais, com postagens que levam legendas a favor da liberdade, e já participou de uma campanha da ONU contra a homofobia.
"Casar com uma mulher é viver igualdade de direitos, e isso é muito desafiador e enriquecedor. Se não vivêssemos em um mundo que só aprova a heterossexualidade, onde só os heterossexuais são considerados normais e só por isso têm mais poder, [...] todos viveriam relações mais ricas e desafiadoras como a minha com Malu", publicou a cantora no Dia Internacional Contra a Homofobia.
Maria Gadú
Aos 30 anos, a cantora e compositora paulista celebrou com amigos e família o casamento com a produtora de moda Lua Leça, com quem mantém união estável desde 2013. Uma das mais reconhecidas vozes da nova MPB, Gadú e a mulher planejam dois filhos por inseminação artificial e a adoção de mais um, conforme entrevista à revista Donna.
"Não acredito que a orientação sexual de uma pessoa não tenha que ser tratada de uma outra forma, que não com igualdade. [...] A classe artística vem, ao longo de muitos anos, falando sobre a sua própria sexualidade, não sou a única a fazer isso. E por ter esse acesso mais fácil, acabamos criando uma relação sentimental com o público. Isso vira uma força muito grande, de coragem, de disponibilidade, de possibilidade", disse também em entrevista à Donna.
Lea T
A modelo que ganhou as passarelas da SPFW – e do mundo – com profissionalismo e beleza já foi elencada pela revista americana Forbes como uma das 12 mulheres que mudaram a moda italiana. O fato de ser transsexual ficou, devidamente, em segundo plano. Ao posar para a campanha da Givenchy, a brasileira, que já foi entrevistada duas vezes por Oprah Winfrey, foi também a primeira transgênero a estrelar a campanha de uma grife internacional.
"Se uma mulher já sofre preconceito, imagine quem precisa lutar para ser reconhecida como mulher. Ser considerada diferente em uma sociedade preconceituosa, chega a ser perigoso. Todos os dias mulheres sofrem violência. Todos os dias, pessoas trans são mortas. Mas todos os dias, temos a oportunidade de mudar essa realidade", declarou em vídeo da campanha Eles por Elas, da ONU Mulheres Brasil.
Ellen Page
A atriz canadense tomou coragem para se assumir lésbica depois de interpretar Stacie Andree, no filme Freeheld, em que fazia par romântico com Julianne Moore. Atualmente, Ellen exibe o namoro com a artista Samantha Thomas em diversas fotos de seu Instagram. Ao visitar o Brasil para gravar o documentário Gaycation, Page confrontou o deputado Jair Bolsonaro, autor de frases como "Seria incapaz de amar um filho homossexual. Prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí".
"Quero ser livre para amar qualquer pessoa e caminhar pelas ruas de mãos dadas com a minha namorada", declarou Ellen em entrevista ao jornal britânico The Independent, em 2014.
Ellen DeGeneres
Tida como uma das apresentadoras mais queridas da televisão norte-americana, Ellen DeGeneres é também um dos ícones gays mais celebrados do país. Casada desde 2008 com Portia de Rossi, Ellen foi condecorada pelo ex-presidente Barack Obama pelos trabalhos em prol da comunidade LGBT.
"Eu decidi que essa não seria uma coisa pela qual eu viveria envergonhada o resto da minha vida. Sim, eu sou gay. E então eu percebi que quanto mais tempo eu mantinha isso como segredo, mais eu estava tornado aquilo algo 'errado", disse em uma de suas primeiras entrevistas com Oprah Winfrey.
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