Foto: Multishow, divulgação :: Cinco momentos em que as mulheres não deixaram passar atitudes machistas na TV
Quando Titi Müller, apresentadora do canal pago Multishow, denunciou ao vivo as letras machistas do DJ isaraelense Asaf Borgore na transmissão do festival Lollapalooza, ela não imaginava a repercussão que seus comentários alcançariam. Desde então, a gaúcha de 30 anos passou a ser mais uma das porta-vozes brasileiras contra o machismo, principalmente através de sua conta no Twitter.
Em entrevista à revista Marie Claire, ela comentou as discussões com o também apresentador Danilo Gentili na rede social e revelou já ter sido ameaçada por outros usuários por conta das respostas ao humorista.
– O problema é que ele é uma ‘arma de destruição em massa’, tem 5 milhões de seguidores e estimula o ódio de um jeito impressionante. Sofri ameaças de estupro e de agressão depois disso – afirmou à repórter da publicação.
Quando questionada sobre levantar a bandeira do feminismo, Titi afirmou que a desconstrução vem sendo feita ao longo do tempo, mais precisamente desde os 12 anos de idade.
– Já reproduzi muito machismo na TV, quando apresentava em 2009 o programa de sexo “Podsex”, da MTV. É um exercício diário de entender que tem coisas que não podem mais ser ditas na TV, na mesa de bar, em voz alta e ponto. Não pode mais fazer piada que ofenda qualquer minoria. Não imaginava que esse episódio do Lolla fosse repercutir desse jeito.
Sobre o título de "porta-voz", a apresentadora disse estar atenta às lutas femininas e se policiar para não encobrir as histórias alheias.
– É uma responsabilidade maior, porque muita gente agora me vê como um ícone do feminismo, que é uma causa muito importante. Mas a responsabilidade principal é que o assunto não sou eu, tenho que tomar muito cuidado para não calar outras mulheres, me sobrepor à fala das outras.
Titi vs. Danilo no Twitter
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