Foto: Divulgação, Be Emotion Foto: Divulgação, Be emotion Foto: Divulgação, Be emotion Miss RS 2016, Leticia Kuhn, conta como se preparou para o concurso
A vitória de Raissa Santana no Miss Brasil Be Emotion 2016 entrou para a história do concurso no último sábado: ela é a segunda mulher negra a ser coroada – a primeira foi a gaúcha Deise Nunes, em 1986. Para Raissa, quebrar esse jejum de 30 anos pode mostrar para outras mulheres que elas podem conquistar o que quiserem.
– Adoraria motivar outras mulheres negras, quero poder incentivar as pessoas a irem atrás dos seus sonhos, correr atrás dos seus objetivos em qualquer setor da vida. É uma coisa muito legal poder, quem sabe, servir de exemplo – contou na quarta-feira em entrevista a Donna.
Esta edição do concurso ficou conhecida por ser uma das mais representativas - seis participantes eram negras. A nova miss espera que, cada vez mais, os padrões sejam quebrados.
– Acredito que esse intervalo de 30 anos sem uma negra vencedora do concurso seja resultado da imposição dos padrões de beleza. Mas está mudando, e essa edição é uma prova disso. Estamos aceitando que a beleza é diversa. Tem que ter negra, tem que ter loira, ruiva, mestiça, um pouco de tudo porque é assim que o Brasil é e é isso que o concurso mostrou.
Aos 21 anos, Raíssa, que nasceu na Bahia e mora no Paraná, estado que representa, desde criança. Ela conta que foi por acaso que começou a participar das disputas de beleza:
– Um dia fui “descoberta”. Participei de um concurso com 15 ou 16 anos e fiquei em segundo lugar. A partir daí comecei a trabalhar, desenvolver a parte física, emocional, a oratória e, então, entrei no concurso na minha cidade, Umuarama. Daí até o nacional a preparação é intensa, e a troca também. São muitas meninas juntas, indo atrás de um sonho, várias histórias, várias batalhas. Nunca é fácil para ninguém.
Já na fase antes do concurso, Raíssa se destacou: ela venceu as disputas de figurino e maquiagem.
– Conhecer sobre esses assuntos também faz parte da preparação que envolve participar de concursos. No municipal e no estadual, por exemplo, eu não tinha alguém o tempo inteiro me auxiliando, tinha que fazer por conta e, assim, a gente aprende. Além disso, adoro moda. Gostar de usar de tudo, de experimentar estilos e acho que isso faz com que eu conheça cada vez mais. O interessante também é que, além de virar referência de beleza, é possível virar referência de moda – afirma.
Agora, depois que cumprir a agenda cheia de uma Miss Brasil recém eleita - ela conta que ainda não conseguiu ver a repercussão de sua vitória nas redes, Raíssa volta a se preparar. Ela é a representante do país no Miss Universo, que acontece no dia 30 de janeiro de 2017, nas Filipinas.
– Quando começar, a preparação vai ser intensa e quero dar o melhor de mim, fazer tudo que posso para chegar lá tranquila e fluir melhor. Sei que ainda tem coisas para lapidar e vamos trabalhar isso – conclui.
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