Quando criou o projeto Goop, Gwyneth Paltrow foi criticada pelo público por estar se lançando como empreendedora. Oito anos depois, a atriz acredita que parte dos ataques que sofreu na época se deveram ao fato de ela ser uma mulher se dedicando a outras atividades. É o que a ganhadora do Oscar contou a Lena Dunham e Jenni Konner, roteiristas da série Girls, em entrevista divulgada ontem (dia 20) na Lenny, revista online idealizada por Lena.
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No bate-papo, Gwyneth relembra a história da Goop: a marca começou como uma newsletter oferecendo dicas de lifestyle que a atriz colecionara em viagens e ao longo da vida. Rapidamente, a iniciativa ganhou um site e sua própria linha de produtos.
Junto com a popularidade, porém, chegaram os comentários de que uma atriz não seria qualificada para opinar sobre os assuntos da Goop – e que o negócio serviria apenas para "inflar o ego" de Gwyneth. A artista de 43 anos disse que se sentiu pressionada a "ficar no seu quadrado":
– Todo mundo quer que você seja a sua caricatura se você é mulher. Você tem que ser desse jeito e eu tenho que ser daquele. Se você começa a rejeitar [essas ideias], as pessoas ficam desconfortáveis, especialmente se se identificam e projetam expectativas em você.
Gwyneth também concordou com Lena ao dizer que atores empreendedores – como Ashton Kutcher, que também é investidor financeiro – são mais incentivados a ampliar seus horizontes profissionais, e não têm seu potencial questionado com a mesma frequência.
– É ameaçador para os homens ver mulheres capazes de fazer várias coisas muito bem. Não acho que esse medo seja consciente, nem que todos os homens o sintam, mas [ter várias ocupações] realmente mexe com o status quo e afeta a forma como as pessoas nos veem – afirmou a atriz.
Hoje, Gwyneth diz não se importar mais com as críticas e tentar sempre aperfeiçoar o próprio negócio.
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