Para a arquiteta Renata Pinto Beck, o ponto forte deste apartamento de 85 metros está na verdade dos materiais (nada é fake) e também em uma estética eficiente.
– A arquitetura não grita. Apesar das texturas, ela permite que o cliente dê personalidade ao espaço, com obras de arte, tapetes e mobiliário solto – explica a profissional, que assina o projeto em parceria com o arquiteto Gustavo Sbardelotto da Costa.
Bastante fragmentado, o imóvel não exibia a luz natural que hoje ilumina sala e cozinha. Esta, integrada com a área de serviço, ganhou uma janela "de presente" e hoje também mantém uma união com a parte social. Muito do sucesso destas intervenções, conta Renata, está em uma proposta que prevê divisórias funcionais, como móveis que setorizam os ambientes e, ainda, são usados como armários.
– São como paredes multifuncionais. Dão unidade à um espaço, e não pesam no cômodo, pois não pretendem ser mais do que uma parede e nem protagonistas e roubando a cena.
É algo que surgiu nos anos 1950, mas que sempre me interessei e faz parte da minha maneira de projetar. São soluções que aproveitam os recantos da melhor maneira possível – explica a arquiteta, apontando como exemplo o grande móvel cinza atrás da mesa da cozinha.