Um projeto que começou com inspiração na simplicidade escandinava e pouco a pouco se rendeu à descontração da brasilidade. A definição da designer de interiores Lisiane Scardoelli e da acadêmica de arquitetura Luiza Jung resume este apartamento de 70 metros quadrados, criado para dois executivos com estadias prolongadas na Capital.
A lâmina amadeirada e a melamina cinza conduzem um mobiliário sob medida, minimalista em relação às formas e com soluções que otimizam a praticidade sem perder conforto.
Um dos maiores polos do design mundial, a Itália também foi referência para o conceito, como o modelo do piso,a linha Pietra di Firenze, inspirada no limestone italiano.
– Esse piso tem uma proposta neutra e aconchegante com textura suave e acetinada – explica Lisiane.
A cozinha é um volume clean e cheio de ideias, como a fluidez dos móveis que não vão até o chão e a união com a lavanderia de forma discreta. Nos tampos, a escolha foi pelo granito branco itaúnas, e nas paredes o revestimento Liverpool, da Portobello – azulejaria inspirada nos metrôs, combina tradição e modernidade, segundo o conceito das profissionais.
Entre as peças de design assinado, o Brasil deu o tom: as banquetas são de Renata Moura, a mesa de centro, de Francisco Pinto (da Bó Jeito de Morar), e a mesa de jantar e as cadeiras, da marca Oppa.
Para as obras de arte, a paleta também é sóbria, como os quadros do edifício Copan – imagens impressas em papel Canson com moldura de pínus preto – e o acrílico sobre tela da artista plástica uruguaia Marisu Buquet.
Jogo de volumes
Os armários da cozinha ganham horizontalidade afastados do piso na altura. Uma das laterais do balcão de granito branco itaúnas exibe um espelho
Clima de aconchego
Acima, a horta da loja Love It. No quarto, a luminária da Foscarini e a manta de maxi tricô são toques de conforto junto com a cortina de linho.