Este apartamento no Centro Histórico de Porto Alegre parece maior do que seus 49 metros quadrados oficiais. Para ampliar visualmente o espaço, a arquiteta Danielle Garros utilizou o conceito da integração, não fechando completamente nenhum dos cômodos com paredes – com exceção do banheiro. Manter uma unidade de materiais, como usar o mesmo revestimento em todo o piso, inclusive na cozinha, é outra estratégia.
Quando a necessidade de divisórias se impôs, um detalhe fez toda a diferença:os anteparos são espelhados ou vazados.Como é um apartamento que é alugado por alguns períodos, a proposta de mobiliário deveria ser estratégica, uma vez que não ter um dono oficial gera dúvidas na quantidade de itens para guardar, como louças, livros e roupas.
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Danielle, então, desenhou móveis sempre necessários, a exemplo da estante grande de nichos abertos e, no único quarto, a escrivaninha e dois roupeiros.Na sala, o espaço prioriza um sofá-cama aconchegante em detrimento da mesa de centro. A arquiteta indica que, quando o cômodo é pequeno, uma opção é deixar um modelo menor ao lado do sofá e puxá-lo somente quando necessário. A estante da TV é do mesmo material da divisória do quarto (MDF com melamina amadeirada).
A diferença está na base, com gavetas em cinza-claro também em melamina, detalhe escolhido para clarear e equilibrar o ambiente.Um bar ajuda a dividir os cômodos da sala e da cozinha. Embaixo do balcão de apoio em granito preto absoluto há gavetas, adega e nicho para o micro-ondas.
Vejas algumas dicas da profissional.
No teto, o trilho metálico preto em formato de L ilumina desde a sala até a mesa de jantar com lâmpadas de LED. O diferencial está no uso contínuo do material interligando e valorizando os ambientes. Outro recurso utilizado é o espelho bronze nas paredes. Uma das pontas do volume oculta um armário (na foto, ao lado do tanque) e, no quarto, são as portas de um roupeiro.
O piso de todo o apartamento é o mesmo, de PVC. Segundo a arquiteta, setorizar faz com que o espaço aparente ser menor. Além disso, o piso e a madeira da sala (padrão Álamo Cristallo, com acabamento brilhoso) são quase do mesmo tom.
– O local parece maior quando não tem contrastes – contou.
A divisória vazada cumpre o papel de separar os espaços – no caso, o quarto da sala – sem fechar completamente o ambiente, o que gera sensação de amplitude.
– Assim, é possível enxergar todos os ângulos do cômodo independentemente de onde a pessoa estiver – explicou Danielle. Feito de melamina amadeirada brilhosa, o aparato ocupa 2,80 metros da largura, deixando um vão livre de 1,2m para a circulação.
A cozinha tem um clima mais urbano, inspirado em Nova York, com um armário com portas de vidro pintado e, na parede, um revestimento de porcelanato com estampa geométrica.
No banheiro, o espelho em três níveis de profundidade tem função não só estética, como de organização. A parte central desliza, enquanto as duas laterais abrem para fora, revelando prateleiras. Assim, justifica Danielle, os utensílios ficam guardados:
– Qualquer espaço a mais é um ganho. Dessa forma, a pessoa não precisa deixar objetos em cima do tampo.